23 setembro 2002

VITAMEDIAS - Jornalista detido em Lisboa por proteger fonte
Mas porque será que apenas o DN explicou que "o que aqui está em causa não são as fontes de um trabalho que tenha sido publicado, mas de uma investigação que (ainda) está a realizar e que poderá, ou não, vir à luz do dia, o que transforma o seu caso em algo de original" (Sigilo protege a investigação)
A Hora da Verdade do Quarto Poder : O jornalista foi agora condenado por recusa de identificar a fonte que lhe declarou ter sido uma cabala a acusação a um dos irmãos Pinto, co-autores do boicote às portagens na ponte 25 de Abril, há sete anos. Certamente meritório, ninguém dirá que este segredo jornalístico protege a santidade.
O condenado é colaborador do "Expresso" - o semanário que abriu uma guerra particular ao dito Portas. O Pe. António Vieira via em tais coincidências a mão de Deus.
O interessante naquela condenação é que talvez não seja coincidência. Ocorre em paralelo com a afirmação do poder da imprensa anticorrupção - e tem lugar porque um jornalista parece querer dificultar a justiça anticorrupção. É uma decisão rara: a outra foi há mais de cinco anos. Coincidência? Talvez os juizes achem que a imprensa tem poder a mais. Talvez, neste particular, os juizes reflictam a opinião da maioria dos portugueses.