23 outubro 2002

VITAMEDIAS
A regra da excepção
Certo barão de empresas foi, um dia, convencido pelos seus mais directos colaboradores a entrar no mercado virtual: havia que colocar o grupo _ online! Tal barão é habitualmente dado à somiticaria, a uma certa fome de unhas, mas, vá lá saber-se porquê, daquela vez, deu pano para a vela. Bem se esqueceu o brasonado pelo capital de que, na febril corrida ao ouro, os únicos a ganhar foram _ os vendedores de picaretas. [...]
O perito avaliou. E disse: Pagou quatro milhões e meio? A coisa ficava muito bem por três...
...Por três??? Ao barão ia-lhe dando uma coisa. Paguei quatro milhões e meio de contos quando podia só ter gasto três?
Ainda arquejava o grande patrão quando o especialista completou a frase: ...três mil contos. Não lhe fossem os sais logo chegados à base do nariz e ali ficaria o homem a rebentar de mais dores e gases do que as apoplexias que fulminavam os nédios abades de Eça de Queiroz.
Um outro descobridor de brasis em Portugal, conseguiu vender, por milhão e meio de contos, um portal a uma grande empresa de capitais dispersos pelo capitalismo popular. Quando quiseram usar a geringonça, tiveram de deitar todo o recheio fora e guardar só o nome.
[Será que está a falar de Balsemão e da Impresa, de Edson Athayde e do portal.pt?...]