27 janeiro 2004

VITAMEDIAS

É um texto a ler, este A imprensa é livre, os jornalistas não, até pelas questões que aprofunda o Jornalismo e Comunicação.
Mas apontando para a sua base - a de que "Circula na Internet uma mensagem com o título 'Coincidências'" - coloco duas questões:
1) textos na Internet, não validados nem confirmados, devem servir para um crítico de televisão elaborar um texto como este a partir dessa base "virtual" (mesmo que o resto do seu discurso seja válido na mesma...)?
2) uma busca pouco científica mas com diferentes variantes no Google, apenas descobre duas referências ao suposto texto das "Coincidências" que Eduardo Cintra Torres (ECT) enuncia no texto: Vejam lá estas coincidências, que remete para a origem com o mesmo título.
Parece que não "circula" na Web, apesar da Internet ser muito mais do que isso - mas o Google também indexa outras coisas e não descobriu nada. Pode ser um erro da "googlização", até porque aquele texto é de Novembro de 2003.
Por outro lado, ECT refere "A que se somam estes factos" (sobre Carlos Cruz, a filha ou Herman José, intervenientes em programas da SIC), sem que se saiba que já são "factos" dele e não da tal mensagem da Internet (repetindo o erro de que Ricardo Costa é "editor de política" quando é director adjunto de informação na SIC e director da SIC Notícias).
Eu sei que jornalistas e cronistas não se regem pela mesma bitola mas só apetece recomendar o primeiro parágrafo deste A regra do 'off': "Será que as notícias sobre a actividade política que vão além de discursos e iniciativas publicitadas pelos próprios actores políticos têm, necessariamente, de basear-se em fontes não identificadas? E porque hão-de os leitores acreditar na informação que lhes é fornecida nessa base, se só raramente lhes são apresentadas razões para a não identificação das fontes? Bastará o nome do jornal, ou do jornalista, para garantir ao leitor que a fonte da notícia ou os dados em que ela se baseia são credíveis?"