28 setembro 2006

VITAMEDIAS

Leitores dos diários compraram menos 21,5 mil jornais: Feitas as contas, os portugueses compraram menos 21,525 mil exemplares diários nestes primeiros seis meses, uma situação que abrangeu todos os títulos presentes em banca e que vem confirmar mais uma vez a tendência de descida do segmento.
1) Correio da Manhã: 112.650 exemplares (quebra de 2,9% relativamente a 2005)
2) Jornal de Notícias: 95.065 exemplares (quebra de 0,7%)
3) Público: 46.112 exemplares (quebra de 5,7%)
4) 24 Horas: 40.602 exemplares (quebra de 21,5%)
5) Diário de Notícias: 34.621 exemplares (quebra de 9,3%)

Expresso e Sol separados por 11 mil exemplares (acesso a assinantes): De acordo com os primeiros números avançados pelos dois semanários, o jornal da Impresa continua a assumir a liderança neste duelo particular, tendo vendido na última edição 191 mil exemplares, contra os 180 mil vendidos pelo projecto de Saraiva.

O mundo já não cabe nas páginas do jornal e reclama-se critério selectivo e criatividade para encontrar abordagens capazes de se compatibilizarem com modelos susceptíveis de garantir o futuro da Imprensa.
Será uma Imprensa, em média, com menos "qualidade"? Provavelmente, mas não dramatizemos. Os jornais de referência nunca foram produtos de massas, mas hoje dificilmente sobrevivem, remetidos, em muitos países, a nichos de mercado. Se o seu "aligeiramento" funcionar como instrumento de viabilização, o custo pode mostrar-se virtuoso. Assim consigam os jornalistas da "escrita" encontrar pontos razoáveis de equilíbrio entre o apelo da "modernidade" e a preservação da "substância" informativa. Será, em alguma medida, uma contribuição para que um número mais alargado de cidadãos conviva melhor com a complexidade dos tempos modernos.