10 janeiro 2003

ECO-TERROR
Manifesto contra guerra ao Iraque: Mário Soares é o primeiro subscritor de um manifesto "Pela Paz, Contra a Guerra" que rejeita a participação de Portugal na «preparação de acções contra países terceiros, sem a autorização prévia da Assembleia da República e sem mandato expresso do Conselho de Segurança das Nações Unidas».
[O documento é também subscrito por Freitas do Amaral, José Saramago, M. Lourdes Pintasilgo, Almeida Santos, Rui Vilar, Rui Alarcão, Manuel Alegre, Mário Ruivo, Maria Barroso Soares, Vasco Vieira de Almeida, Sousa Franco, Guilherme d'Oliveira Martins, Júlio Pomar, Maria João Pires, Carvalho da Silva, Gomes Canotilho, Mariano Gago, Nuno Grande, Boaventura Sousa Santos, António Dias da Cunha, Maria de Sousa, Helena Roseta, Luís Moita, Mega Ferreira, Alfredo Caldeira, Cónego Arnaldo Pinho]
Hollywood mobilise contre la guerre en Irak: Sean Penn, Robert Redford, Susan Sarandon, et désormais Martin Scorsese... Pour la première fois depuis la guerre du Vietnam, les grands noms du cinéma américain renouent avec un activisme de grande ampleur et expriment leur opposition au conflit annoncé entre Etats-Unis et Irak.
US weapons dossier may remain a secret: Donald Rumsfeld, the US Defence Secretary, has suggested that Washington may present little or no evidence of Iraq’s quest for banned weapons even if President Bush decides to go to war.
Mr Rumsfeld said that disclosing such details to the world or even to the United Nations Security Council could jeopardise any military mission by revealing to Baghdad what the United States knows.
[act.:] Contra o Manifesto por Pacheco Pereira
O manifesto "Pela Paz Contra a Guerra", divulgado e patrocinado por alguma comunicação social desde a semana passada, não é, como dizia no PÚBLICO Mário Mesquita, qualquer "repto ao pensamento comodista". Bem pelo contrário, é a expressão de uma poderosa corrente de opinião portuguesa, tradicionalmente associada a Mário Soares, com enorme influência no "establishment" cultural e político nacional. [...]
O documento não é nenhuma "pedrada no charco", mas está mais do lado do "charco" do que da "pedra", perdoe-se a deselegância da expressão. Na verdade, basta lembrar-se, de há um ano para cá, as principais manifestações da opinião publicada, seja nos jornais, rádio ou televisão, quer em Portugal quer na Europa, para se ver como a esmagadora maioria dos opinantes é contra a guerra no Iraque. Não vejo por isso onde é que está a "pedrada" ou a "incomodidade" do "repto".