25 fevereiro 2003

VITAMEDIAS
Esta vem direitinha do Jornalismo e Comunicação e vale a pena ler: é sobre O pedo-filão da pedofilia (escrito por Rui Paulo da Cruz, jornalista em Lisboa e um dos fundadores do Observatório da Imprensa de Portugal):
Enaltecem alguns o papel da imprensa neste processo. E muitos jornalistas vangloriam-se, a pretexto deste caso, das virtudes do jornalismo de investigação. A minha opinião, para grande pesar de mim próprio, não podia ser mais oposta. Não vejo nas páginas dos jornais, nem nas matérias dos telejornais, nada que se pareça com investigação. E vejo muito pouco jornalismo.
Jornalistas e barões da mídia estão querendo passar para o exterior a idéia de uma grande investigação jornalística que não existiu. Tudo começou com uma reportagem de antecipação à prisão do primeiro suspeito, matéria que resultou de informações recebidas (e não investigadas) por uma jornalista de um membro da polícia que lhe é muito próximo. Excessivamente próximo, para o meu gosto, e para o que a ética aconselha...
[Era bom que explicitasse sobre essas "informações recebidas (e não investigadas) por uma jornalista de um membro da polícia que lhe é muito próximo"...]