20 julho 2006

TECNOSFERA

Sobre as "piratarias" do Abrupto:
1) os jornais, como de costume, engolem o que lhes dizem ou não sabem do que falam (hackers?!?! invadem?!?!);
2) Pacheco Pereira (PP) começa por revelar que as "TENTATIVAS DE DEITAR ABAIXO O ABRUPTO tem sido muitas e repetidas desde o início", sem revelar qualquer caso de tantos...;
3) PP assume inicialmente que "é certamente um caso de pirataria". Como é que conclui isso quando de seguida agradece a quem lhe dá "sugestões para resolver o problema e identificar a origem" e afirma: "não sei ainda o que realmente aconteceu"?
4) Hoje, PP insiste na "pirataria", esquece-se das tentativas de deitar abaixo o Abrupto e procura "Exemplos portugueses". O Miniscente lembra que isso aconteceu ao Bomba Inteligente e o mesmo sucedeu alegadamente a oito blogues de um Silvio de Portugal.
5) Não bastava a PP ter feito uma pesquisa sobre o assunto para obter resultados como este ou este, evitar o alarido e questionar directamente quem o pode ajudar, o Blogger?

[act.: Custa muito alimentar o bom senso? Não entendo, com sinceridade, tanta indignação face ao legítimo alarme de José Pacheco Pereira, independentemente das incorrecções (sobretudo de cariz tecnológico) de quem é atingido e também de quem comenta ou noticia (nos próprios média tradicionais). Argumentar com uma índole especificamente técnica (espelhando, aliás, um saber legítimo que se saúda) e quase silenciar, ao mesmo tempo, o significado real do que está aqui em causa - voluntária ou involuntariamente, uma forma de terrorismo - não é lá de muito bom senso. Será o Abrupto um alvo tão desejado apenas por ser um dos blogues mais visitados da blogosfera?

Comentário: Pacheco Pereira não é um iletrado tecnológico, no sentido que sabe perguntar para resolver problemas que não domina. Veja-se o caso recente do novo computador em que, só após consultar os canais técnicos da marca e do vendedor, expôs o caso no Abrupto.
Neste caso, se assim se pode dizer, ele disparou primeiro e tentou perceber depois. Porquê? Por antever que podia ser mais mediático? Foi. Porque assim podia afirmar que é uma voz incómoda e o tentam silenciar? Como é que se silencia alguém com esta visibilidade? Um exemplo, só um, teria feito a diferença.
Não sei (nem ele, presumo) se foi um erro de um oportunista, uma denúncia tecnológica para o cracking no Blogger ou um verdadeiro ataque informático visando PP.
Mas afirmar o que afirmou desde então, sem provas divulgadas no mesmo espaço, parece-me um exagero.


act1.: Pessoalmente vejo esta situação relacionada com uma inconsistência da informação no cluster de BD's da infraestrutura do serviço. Parece que quando existe algum tipo de partição na rede, os vários grupos do cluster não possuiem todos os dados, permitindo o registo de blogs já existentes.

act2. (selecção de parágrafos sem os (con)textos): Piratarias 4: eu não posso dexar de pensar que o Abrupto foi o alvo deliberado. Devo dizer aliás que há mais racionalidade em pensar assim do que em imaginar que me calhou o azar entre quarenta e cinco milhões de blogues. [...]
Basta ler alguns blogues, entre a pura má fé, até ao enorme contentamento e festejos pela "morte" anunciada. Não terão muita sorte, mas é uma atitude reveladora do incómodo que a mera existência de um blogue como o Abrupto traz à mediocridade invejosa. O mundo para eles seria muito mais aceitável se tudo fosse medíocre, igual na lama. Compreendo bem, mas sigo a regra de George Bernard Shaw: "Never wrestle with a pig. You get dirty and besides the pig likes it".

Há, de facto, mais racionalidade em pensar assim: Hoje pisei cocó. Enquanto não me explicarem a razão por que foi comigo, não posso deixar de pensar que fui um alvo deliberado. Devo dizer aliás que há mais racionalidade em pensar assim do que em imaginar que me calhou o azar em dez milhões de habitantes.

há uns que são mais iguais: o JPP espingarda a torto e a direito, sem nunca citar especificamente a que blogues se refere. devia talvez ter mais cuidado, é que, disparando para a zona, incomoda sem necessidade quem não deve. corre até o risco de, no meio da lama em que se meteu, se confundir com os porcos os quais são, como se sabe, ainda mais iguais. pelo menos daqui eu não lhes noto diferença alguma, só os olhos lhes brilham ... de vacuidade.

Abrupto: pobre e mal agradecido: Quanto às suas leituras sobre a origem do ?ataque?, não cuidou o autor do Abrupto de as fundamentar perante os comuns e insignificantes mortais, a quem terá de bastar a sua palavra de que está sob ?ameaça?.
Não cuidou até ao momento de explicar a sua insistência na teoria do ataque direccionado à sua pessoa. Não publicou até ao momento um bit de informação que sustente a teoria, tornando gratuitas as suas afirmações.

O abrupto assalto ao Abrupto: Não creio que haja motivações políticas ou ideológicas para atacar o Abrupto, a haver as suas intenções deveriam ser explicitadas e até se poderia gerar alguma polémica interessante, mas não, terão escolhido o Abrupto, e ao que parece apenas o Abrupto, só por ser mais mediático, ter muitos visitantes diários e toda a gente conhecer o seu autor.
Assim, sempre que o assunto é comentado os piratas rebolam-se de prazer alarve.
É pouco, é muito pouco, é só estragar para nada.
Deixem os nossos cantinhos em paz, por favor, isto está visto e não nos alegra.

Pirataria Abrupta: Pacheco Pereira não se convence de que estará a ser alvo de um qualquer hacker tailandês que encontrou uma falha no sistema de segurança do Blogger e decidiu embirrar com ele. Parece-me que Pacheco Pereira faz muito bem! Aliás, não circula na net nenhuma informação relativamente a um aumento suspeito de pirataria no Blogger logo, convenhamos, porque diabo iria o tal hacker embirrar com um blogger de um país de que, provavelmente, apenas conhece a palavra ?Figo??
Já é para mim mais difícil de compreender a razão pela qual quem leva a sério o blogging opta por sistemas tipo Blogger. Não oferecem garantias absolutas de continuidade, são limitadas nas opções e estão, efectivamente, mais sujeitas à curiosidade dos tais hackers, qualquer que seja a sua nacionalidade.
Sugiro, pois, que Pacheco Pereira se decida por criar um domínio próprio, use uma plataforma mais fiável para o seu blog (WordPress Movable Type, entre outros) ou então que pare com a choramingueira.

Expulse-se o JPP da blogosfera (ao menos do Blogger): proponho um abaixo-assinado para correr com o homem (com o devido respeito, é claro) da blogosfera, ou ao menos que passe para um alojamento onde a segurança e qualidade (características inexistentes no Blogger) não permitam que tais meliantes atrapalhem a vida dos pacatos e insuspeitos bloggers que somos nós.

Dar-se Importância
: Há neste blogue uma história de Piratas e de um Narciso. Os primeiros ainda não apareceram - pelo menos aqueles com "olho de vidro e cara de mau." O segundo é uma presença diária já lá vão uns anos.

Verborreia apetecida (III): Bem-aventurados os marujos deste mar virtual que dão caça aos usurpadores das URLs, quais valorosas Invencíveis Armadas desta ágora blogueira.
Sempre gratos a JPP pelos boletins diários onde traz a público as novas sobre os desenvolvimentos desta luta valorosa contra os novos bandidos digitais (a quem insiste em chamar de piratas).
Que os investimentos em tempo e recursos que estão a ser usados para deslindar esta tramóia inominável, esta cabala dirigida, concertada, deliberada, revertam em sabedoria para os têm por missão zelar pela segurança das redes informáticas do Estado, contra os revisionistas, pela liberdade, na defesa dos mais oprimidos, a favor dos mais desfavorecidos e desprotegidos, dos info-incluídos, oremos.
Ninguém há-de calar a voz e as palavras escritas da classe operária!

Pirataria no Abrupto (trilogia): Quando a coisa anda murcha nada melhor que o ataque de viagra para arrebitar as audiências. [ver aqui ou aqui como as audiências não estavam a baixar]

Os canibais: Assim sendo, desde já manifesto a minha repugnância por todo e qualquer inútil que se dê ao trabalho de piratear os espaços de opinião (de seja quem for) numa sociedade democrática. Será a sociedade portuguesa suficientemente democrática para se aguentar à bronca de um José Pacheco Pereira com weblog?
Adenda: Afinal, JPP foi apenas vítima do capitalismo selvagem.

A blogosfera está perigosa: O que sucedeu recentemente com o blog Abrupto, à semelhança dos outros casos, poderá ter sido, com maior probabilidade, uma de duas coisas: ou houve manipulação de DNS(*), como referido na notícia, ou os dados de identificação do(s) detentor(es) do(s) blog(s) foram detectados remotamente.
A blogosfera está perigosa (II): Um pequeno trabalho ciber-detectivesco sobre o ?empastelamento? do Abrupto.
A blogosfera está perigosa (III): Estes são seis exemplos de blogs portugueses cujos endereços foram, de uma forma ou de outra, ?tomados? por outros que não os respectivos autores.
O ?ataque? ao blog Abrupto, se bem que utilizando estratégia e técnica diferentes daqueles casos, não terá passado por conseguinte de mais uma espécie de brincadeira de mau gosto efectuada por um qualquer ?hacker? mais virado para as vendas; num caso pontual e identificável, terá sido o utilizador Blogger com o ?user ID? nº 31318965, do qual não existe, obviamente, o mínimo rasto.]