08 agosto 2006

CONTAMINANTES

A vontade de proibir.: o Ministério da Saúde português apresentou uma «sondagem» que visa, fundamentalmente, mostrar que as suas decisões são aprovadas pela generalidade da população. É falso. O diploma do Ministério da Saúde é proibicionista -- mais: nega, preto no branco, a possibilidade da livre escolha.
A guerra acabou e, de certa forma, vocês, fanáticos, venceram. A luta contra o tabaco nunca foi uma luta pela saúde dos "passivos" (o que seria compreensível). Foi simplesmente uma luta contra a liberdade individual em nome de uma utopia sanitária: os fanáticos não desejam apenas que o fumo não os perturbe; desejam que a mera existência de um fumante também não. É a intolerância levada ao extremo e servida numa retórica simpática e humanista. E agora com cobertura legal.
Os hipócritasno poder: A seguir, quem tiver colesterol alto, pneu na barriga, ou gostar de feijoada, pode começar a temer pelo seu emprego a Comissão Europeia, tal como o desejo de Hitler, quer um homem novo, totalmente novo, higienizado e inodoro. E já estão no poder, os pequenos fascistas.
HÁ UM GOEBBELS NO MINISTÉRIO DA SAÚDE: a maioria dos portugueses não concorda com o proibicionismo fundamentalista de Correia de Campos, mas com a liberdade de escolha.