18 outubro 2002

ECO-TERRORES
Há dois milhões e meio de pobres em Portugal: União das Instituições Particulares de Solidariedade Social sustenta que o aumento se deve a 400 mil imigrantes
O aparecimento de uma nova classe de pobres é outra das preocupações destas instituições, que atendem anualmente mais de 600 mil pessoas e representam 70 por cento da acção social em Portugal. "Devido ao endividamento das famílias, estamos a confrontarmo-nos com os pobres a crédito", disse o padre Maia, acrescentando: "A maioria dos casos são pessoas que adquiriram casa e depois, como ficaram desempregados, acabaram por comprar a pobreza sem querer".
Metade dos portugueses são pobres, segundo um relatório do gabinete de estatísticas da União Europeia hoje divulgado. O relatório resulta de 16.000 entrevistas feitas em Setembro do ano passado em todos os países da UE que media a pobreza subjectiva - baseada naquilo que cada um recebe e o que considera que seria necessário para satisfazer as necessidades básicas - e a pobreza visível nos locais em que cada um vive.
Segundo o relatório, Portugal e a Holanda foram os únicos países da União Europeia que não viram diminuir o número de pessoas pobres desde 1993.