VITAMEDIAS
Contribuição para a discussão da blogosfera nacional: depois da media_tização dos blogs, inicia-se o caminho para o folclore (no bom sentido, claro!): Paulo Querido fala amanhã no Expresso de quem é O Meu Pipi (o que já mereceu mais de 60 comentários sobre o assunto no Meu [dele] Pipi).
Entretanto, o Abrupto queixa-se da "Mentalidade de Rebanho": "agora todos os jornais vão ter que ter pelo menos um artigo sobre blogues. Agora é moda porque é novidade, depois passará de moda porque já foi moda, e seguir-se-á o silêncio que envolve a não-novidade." Sem dúvida mas não foi JPP que ajudou a mediatizar o assunto quando escreveu sobre ele em meses anteriores? E quantos dos actuais "bloggers" mediáticos vão manter os seus blogs após esta fase mediática?
Sobre a velha questão media-blogs, JPP refere ainda as "palmas ou assobios conforme agradam ou não às tribos organizadas". Repito: "tribos organizadas"?!?! Não vou questionar em qual delas JPP se encontra mas gostava de recomendar quem anda a pensar sobre estas questões de forma mais generalizada: se houvesse um mercado bolsista de ideias, eu apostava forte no Socio[B]logue, que não conheço de lado nenhum mas leio como nenhum outro. Um exemplo? «Genderlects» e a Blogosfera. Depois, podem dizer que faço parte da tribo dele...
No entretanto, gostava de integrar a "tribo" dos que pensam sobre os efeitos sociais, mediáticos, tecnológicos e prospectivos dos blogs. Para onde caminhamos, o que fazemos agora num quadro geral de futuro, qual o passado que vai condicionar ou estimular novas vertentes desta comunicação pública? E como será o futuro? Será pago, medíocre e tecnologicamente controlado? Ou serviço público, onde a selecção natural de qualidade prevalecerá e a tecnologia será neutra?
[act.: Depois da visão externa sobre os blogs, descubro uma leitura interna. Mas, desta vez, os 21+1 pontos para um weblog melhor do Cafeína falham redondamente: ele não gosta das intromissões externas e propõe uma auto-regulação (será?), numa confusão entre forma, conteúdo e meio que mereceu uma resposta cujo final subscrevo: a essência dos weblogs é a liberdade. Daqui advém um inúmero conjunto de escolhas. Individuais. De cada um. Nem mais.]