15 dezembro 2003

ECO-TERROR

Saddam Hussein foi capturado. Foi?
Como se sabe que não é um sósia? Porque "Officials Quickly Do DNA Test on Saddam" mas "Details about a DNA test on Saddam were not entirely clear."
E se é um sósia? Não!... Ele admitiu a sua identidade: "An American defense official also said Saddam admitted his identity when captured and that more conclusive tests were being done. DNA confirmation would show the captured man was not a body double of Saddam, a man who was said to have several look-alikes while he was in power." Pronto! O teste de DNA vai provar... mas ainda não provou!
Pode-se então falar de um dia feliz e de que "Afinal, o mais difícil - capturar o antigo ditador - já foi conseguido"? Ou que Acabou! após Uma vitória?
Já ninguém se lembra d'Os jornalistas e o peru do Presidente? Ou que EEUU preparó hace meses cómo anunciar la captura o muerte de Sadam (via JeC)?
Continuando:
- porque "Somos um país soberano com forças no terreno [cuja ministra dos Negócios Estrangeiros] sabe pela televisão da alegada prisão de Saddam Hussein?
- e onde estão as armas de destruição maciça, questionam os cínicos? Bush sabe onde foram gastas, na única referência às mesmas no seu discurso: [Hussein is] a person who used weapons of mass destruction against citizens in his own country.
- e o que dizer das imagens militares que mostram Hussein? São ilegais? Bom, a Geneva Convention relative to the Treatment of Prisoners of War afirma: "prisoners of war must at all times be protected, particularly against [...] public curiosity"...
[act.: Humilhação Pública: Acontece que eu estava a ver o noticiário ao mesmo tempo que falava ao telefone com a minha mãe, Maria Eugénia Varela Gomes. Comentei enojado o que estava a ver. Ela recordou como a enfureceu o caso dos agentes da PIDE humilhados no 25 de Abril quando militares e civis armados em valentes os obrigaram a despir-se em público à luz dos faróis de automóveis. A minha mãe foi uma resistente antifascista de certa nomeada e a PIDE sujeitou-a a violentos maus tratos. Mas trata-se de uma senhora. Não tem nada que ver com o pessoal político e jornalístico da III República Portuguesa ou da Administração norte-americana.]