Concentrações e confusões por Henrique Granadeiro (Presidente executivo da Lusomundo Media)
No passado dia 15, a Lusa distribuiu pelos jornais um texto em que me são atribuídas declarações em discurso directo como se de uma entrevista ou declarações formais se tratassem, e que eu teria produzido acerca do problema de concentração de meios de comunicação social em Portugal.
Nos dias seguintes tais declarações virtuais foram reproduzidas completamente fora do contexto do trabalho da Lusa pelos jornais Diário Económico, Jornal de Negócios e Correio da Manhã.
Quero esclarecer que nem sequer me foi pedida pela Lusa qualquer entrevista, nem me foi solicitado que prestasse declarações sobre a matéria em causa.
Convém também saber-se que nenhum dos referidos jornais me contactou sobre a matéria, apesar de terem feito as adaptações que consideraram convenientes.
O essencial das declarações que a Lusa me atribuiu está correcto e corresponde à estratégia por mais de uma vez tornada pública pelo presidente executivo da PT SGPS [...]
o texto da Lusa atribui-me opiniões e apreciações sobre a estratégia, a situação interna e até sobre as intenções dos responsáveis pelos grupos editoriais Impresa, Media Capital e Cofina.
Sobre este particular quero que fique claro e definitivo que tais imputações de declarações são absoluta e totalmente falsas e não têm qualquer correspondência com o que eu penso ou com o que eu possa ter tido. [...]
quero publicamente dar conta aos senhores Dr. Francisco Pinto Balsemão, Eng.º Paulo Fernandes e Dr. Miguel Paes do Amaral do meu desgosto pelo incómodo que, abusando do meu nome, lhes causaram.
O exercício do jornalismo está de facto a atravessar um mau momento.
Por mim, quero contribuir para o regresso à ortodoxia dos princípios e dos valores que fazem do jornalismo uma condição sine qua non das sociedades democráticas. Acredito sinceramente que esse é o caminho único da mudança necessária.