17 fevereiro 2004

VITAMEDIAS

O Sindicato dos Jornalistas reconhece que a Associação Portuguesa de Árbitros de Futebol (APAF) tem razões para estar indignada com as repetidas ofensas aos seus associados por parte de alguns órgãos de comunicação social.
[Exemplos:] Numa das peças, e em referência a árbitros, lê-se que “salvo duas ou três excepções, são sempre os mesmo 26, medíocres, influenciáveis e malformados”. [...]
Noutro texto, o seu autor comenta: “Só peço para que, na eventualidade de me cruzar com o árbitro [e indica o nome], tenha todos os meus pertences bem assegurados. É que o risco de desaparecer algo é grande.” [...]
Várias vezes aparece titulada, em parangonas, as palavras “roubo” ou “roubo de igreja”, referindo-se à actuação de árbitros. Há mesmo um jornal que instituiu uma rubrica “agarra que é árbitro”, com uma indisfarçável paráfrase que leva a associar “árbitro” com “ladrão”, especialmente quando se convida leitores “fanáticos” (a expressão é do jornal) a acusar árbitros de errarem nas decisões e se explica: “Sim, que nós gostamos pouco de resultados fabricados graças aos erros de quem não joga” (sublinhado do SJ).
[Espera-se a resposta dos jornalistas visados. E porque não têm os jornais desportivos um provedor? Havia de ser bonito...]