Ainda as escutas: Também eu sei, como muitos dos meus contraditores, que o mundo não é perfeito, nunca o será, nem sequer o Estado, quanto mais os homens. Sei que os direitos da pessoa humana são sempre um equilíbrio circunstancial e histórico. É por saber isso tudo que não quero dar a outros homens, nomeadamente àqueles que detém poderes excepcionais de Estado, a capacidade de interferir na minha vida privada.
Pouco Ouvido, Muito Escutado: essa parece ser a sina de muitos cidadãos, num tempo em que a componente policial dos Estados, que procura legitimar-se com o combate ao terrorismo e ao crime organizado, ganha decisiva relevância.
