22 março 2004

VITAMEDIAS

Leitores e eleitores em democracia: Como revela Malén Aznaréz, a manchete que compromete o jornal na afirmação peremptória que atribui à ETA a autoria do massacre, tem uma fonte. Chama-se José María Aznar. Não foi citada. Nem foi invocada nenhuma fonte confidencial, nem referida nenhuma confidencialidade requerida ou aceite. Aznar não quis? Porquê, se o seu ministério estava a insistir na mesma tese? Citou provas que convenceram o jornal ?
O jornal assumiu uma informação como se estivesse certo da sua veracidade. E não estava. Acreditou na fonte, tal como outros.
Revelá-la depois, como aconteceu, poderá encerrar a questão do lado do político. E do lado do jornal ? agora que o problema das fontes leva títulos tão importantes como o "New York Times" a definir novas regras ?
Director de El País pede desculpas aos leitores e à sua própria Redacção

[Só uma questão: deve um provedor dos leitores divulgar a identidade de uma fonte do director?]