Em A Capital de 7 de Julho: O Presidente da República irá marcar, provavelmente amanhã, eleições antecipadas. Ao contrário de todos os jornais em Portugal, e sustentados sempre num trabalho de investigação sério e rigoroso, anunciámos desde o primeiro dia desta inesperada crise política que a possibilidade de Pedro Santana Lopes ser nomeado primeiro-ministro era tudo menos certa. É natural que hoje nos sintamos recompensados enquanto jornalistas por divulgar, com uma dose de risco muito limitada, uma notícia que é consequência directa da tese que seguimos com base em contactos com pessoas do círculo de influência de Belém, mas também com agentes políticos e económicos. [...]
A decisão de Jorge Sampaio, ainda não comunicada a ninguém, é já suficientemente evidente para poder ser sustentada com toda a certeza. Evidente nos sinais que vai deixando à generalidade dos conselheiros, evidente na forma como os seus mais próximos lhe adivinham o estado de espírito, evidente pela profunda irritação motivada pela entrevista de Santana Lopes à RTP e pela patética declaração de Paulo Portas à saída do Palácio de Belém.
