08 novembro 2004

VITAMEDIAS

Soltas:
Casa Pia: mais de 50 jornalistas constituídos arguidos: Numa iniciativa sem precedentes em Portugal, o Ministério Público (MP) está a ouvir mais de meia centena de jornalistas de praticamente todos os grandes órgãos de Comunicação Social nacionais. Para já são 53 profissionais ? distribuídos por 11 redacções ? que estão para ser ou já foram ouvidos pelo procurador-geral adjunto Domingos de Sá, todos pelo mesmo motivo: alegada violação do segredo de Justiça devido às notícias que assinaram sobre o processo Casa Pia.
O CM soube ainda que MP alega que a investigação do caso de pedofilia foi prejudicada com a cobertura noticiosa e pondera pedir indemnizações aos órgãos de Comunicação Social, numa atitude também sem precedentes.
(ler também MP centra-se apenas no emissário final: Um outro jurista consultado pelo CM encara como descabida a hipótese de ?alguém acreditar que os jornalistas sejam os autores materiais do que estão a ser acusados?. Trata-se, somente, de ?abater o mensageiro?. E continua: ?Tanto quanto se sabe, não estão constituídos arguidos, em número equivalente, advogados, funcionários judiciais e outros intervenientes ligados ao processo, o que prova que se trata de uma investigação sumária? contra os jornalistas.)

A Convalescença Continua, A Manipulação Para A Rua! [Sobre a notícia no Expresso da campanha da empresa que comercializa o Viagra,] Mais uma vez fomos manipulados pelos interesses económicos da indústria farmacêutica e dos media.

A Crítica Literária do Expresso: Por defeito profissional, habituei-me a ler mais atentamente a secção de crítica literária do suplemento Actual (antigo Cartaz) do semanário Expresso. E notei sem esforço, divertidíssimo, aquilo que muita gente minimamente conhecedora já sabia: o meio literário português é pequenino, miudinho, feito de capelinhas e igrejinhas onde tudo fica em família e entre amigos. Será falta de pudor? Será ausência de espírito crítico? Ou será mera fatalidade sociológica?

Bush à portuguesa por Luís Delgado: (O «Público» errou: não sou administrador do DD desde Dezembro de 2002, sou um entre nove accionistas, de que não faz parte a Adamastor Capital. O DD tem um acordo comercial com o SAPO, igual ao da SIC Online e outros, e existe uma opção de compra, de 51 por cento do capital, a exercer, ou não, no prazo de cinco anos. Os dois acordos são de Outubro de 2003. Ponto final)