Pressões do Governo levam à demissão de toda a direcção de informação da RTP:
- Tentativa de interferir no alinhamento dos telejornais
- Influência perversa de agências de comunicação na política editorial
- Paulo Dentinho, escolhido para correspondente em Madrid, vetado pela administração com o argumento de que era instável
- Rosa Veloso imposta pelos administradores no lugar que era de Dentinho
- Administrador Luís Marques acusado de ser um mero intermediário de Morais Sarmento
- Almerindo Marques, presidente do conselho de administração, recebeu Rodrigues dos Santos e não o tentou demover
- Luís Marinho ou Nuno Santos, prováveis sucessores de Rodrigues dos Santos
Divergências com a Administração Levam à Saída de Rodrigues dos Santos da Direcção da RTP: A demissão do director, que não quis comentar a situação, consumou-se depois de uma reunião mantida ontem à tarde com administradores da empresa. A escolha da correspondente, a jornalista Rosa Veloso, classificada em quarto lugar no concurso, foi entendida pela equipa de José Rodrigues dos Santos como interferência indevida na área editorial. Na redacção da RTP, é referida a intervenção de um membro do Governo na escolha da correspondente em Madrid.
Demissões: O que se joga, no caso Rodrigues dos Santos, é mais uma vez a inabilidade da tutela em lidar com a comunicação social. Era voz corrente que Rodrigues dos Santos era, há muito um "alvo a abater." Razões? Nem sequer importam, neste caso. Importa o método. Se quisermos que ninguém volte a sentar-se numa cadeira, a solução mais simples é cravar-lhe o assento de pregos. Parece agora óbvio que alguém andou a colocá-los, pacientemente, na cadeira de Rodrigues dos Santos e que, finalmente, ele acusou a dor.