16 dezembro 2004

VITAMEDIAS

Conversas do DN para o Público:
Parecer pedido pelo DN 'dado' ao Público: Depreende-se do exposto a perplexidade com que ontem deparei com o dito parecer nas páginas do Público, numa notícia de Catarina Gomes e que refere mesmo que o documento «foi suscitado por um questionário de uma jornalista do DN». [...]
Germano de Sousa admitiu que se «limitou» a ler o parecer à jornalista do Público - esta diz que o documento lhe foi enviado por fax pelo bastonário - e não soube explicar-me por que motivo faltou ao seu compromisso, acabando por assumir «a falta», e confessar «não ter pensado».
A jornalista do Público diz ter usado o documento «sem o menor dos problemas», tendo a decisão sido apoiada por dois editores do diário.
Serei só eu a achar tudo isto muito estranho?
Fernanda Câncio

Conversas do Público (com o DN) para o DN:
Esclarecimento [e] Esperteza saloia: Uma das regras da concorrência saudável na comunicação social é não fazer afirmações sobre o que se desconhece. Ao contrário do que fazem alguns órgãos de comunicação, que se arvoram em paladinos das regras não escritas da concorrência saudável, o "Diário de Notícias" não precisa de caluniar ninguém para se afirmar cumpridor do jornalismo de rigor. [...]
A informação com embargo, o qual foi respeitado escrupulosamente pelo DN, era referente a dados específicos sobre cada país, incluindo Portugal
João Morgado Fernandes Sub-director do "Diário de Notícias

A informação que o responsável do DN diz ter estado disponível na Internet no dia 7 já não está em linha, mas a directora executiva do Comité Português da UNICEF, Madalena Marçal Grilo, fez-nos chegar uma cópia mostrando que o texto anunciava a lançamento do relatório no dia 9 e continha meia dúzia de informações que nunca permitiriam encher três páginas de jornal, como o DN fez. Segundo a mesma responsável da UNICEF, muitos dos dados divulgados nessas páginas constavam do relatório sob embargo, facto para que a própria chamou a atenção da jornalista que fez a peça, como ontem nos esclareceu. [...]
Se fosse a primeira vez que o DN furava um embargo, não falaríamos de escrúpulos ou falta deles. Mas não era. Era - é - recorrente.
A Direcção Editorial [do Público]