Mais uma decisão em que a veracidade dos factos não conta para (quase) nada: a ERC deliberou sem se preocupar com a "veracidade dos factos publicados, mas tão só da legitimidade da sua divulgação".
É um escândalo? Não.
Ninguém se preocupa? Sim.
O presidente da ERC, Azeredo Lopes, absteve-se por esta razão: "se no texto da Deliberação se afirma que “não operam considerações de veracidade dos factos publicados, mas tão só da legitimidade da sua divulgação” (ponto 8), mal se vê como não fica afectada de forma irremediável a própria credibilidade dos factos que são, para este efeito, a “notícia” – atentas, desde logo, as manifestas violações de deveres jornalísticos e deontológicos destacáveis numa análise, mesmo superficial, dos elementos disponíveis para decisão". E continua.
Vale a pena ler a deliberação. Esta é curiosa noutro sentido: as revistas de socialite têm de exercer o contraditório sobre pena de queixas para a ERC, como aconteceu com M. M. Carrilho... Claro que podem sempre recorrer ao estafado: "tentámos contactar o visado mas não obtivemos resposta em tempo útil" :)