17 julho 2008

Uma pequena curiosidade, com admiração ignorante

a confirmar algumas "teorias económicas", pelo menos em Portugal:

1) a Albano R. N. Alves (ARNA) é "a maior empresa no sector da distribuição de papéis, consumíveis e materiais para o escritório no mercado português";

2) a ARNA e o seu presidente do Conselho de Administração, Jorge Augusto Martins Fazendeiro, passaram a deter desde anteontem uma "participação qualificada" na Inapa ao adquirir "402 186 (quatrocentas e duas mil cento e oitenta e seis) acções, passando a sermos detentores, nesta data, de 3 083 851 (três milhões e oitenta e três mil oitocentas e cinquenta e uma) acções, representativas de 2,06% (dois virgula zero seis por cento) do capital social e do mesmo valor percentual dos direitos de voto" na administração;

3) Jorge Fazendeiro explicou ontem na Sic como o custo nos transportes vai obrigar a despedir pessoas na ARNA, "nomeadamente as pessoas que estão há menos tempo na empresa e que estão a contrato, nós temos que prescindir do serviço dessas pessoas";

4.a) só por curiosidade, gostava de saber quantos dos 130 funcionários da ARNA estão a contrato e

4.b) anualmente, quantos funcionários entram e quantos são dispensados da ARNA quando termina um contrato?

5) qual a importância de deter 2,06% em direitos de voto num grupo onde a Parpública e o BCP aparentam deter a maioria, segundo a última informação disponível, de 14 de Abril?

6.a) alguém já analisou a relação custo/benefício, nomeadamente o impacto social, entre despedir pessoas numa empresa e investir ou adquirir participações - qualificadas ou não - noutra(s), como sucede neste caso?

6.b) qual é a lógica de uma empresa desbaratar os seus recursos humanos - a contrato... - para investir noutra na qual apenas (?) se senta na sala de reuniões?

Se alguém me puder ajudar neste tipo de assunto, agradeço.

Nota: não tenho qualquer conhecimento pessoal ou relação profissional com estas empresas ou suas concorrentes (que eu saiba).