28 setembro 2008

Magalhães: umas notas


Atenção que, apesar d"o sucesso público", o negócio entre Portugal e a Venezuela depende da instalação de uma fábrica naquele país (Chávez já tinha falado disso há umas semanas na televisão).

Portanto, o milhão anunciado de vendas nacionais do Magalhães não parece ser totalmente verdade; serão 500 mil ou até podem ser apenas 250 mil...

Quanto ao software não-Windows pré-instalado, o Linux não contenta todos: As a Portuguese concerned about the education of the young and concerned about the economy, I must that these Magellan computers (named after Ferdinand Magellan, a very famous portuguese maritime explorer) are nothing but a huge scam based on portuguese tax holders. We are talking about a 900 MHz refurbished Intel Classmate PC that is both ugly, heavy, and marketed as "built in Portugal", which is _not_! And the choice of operating systems is appalling! We can either stick with Window XP or Caixa Mágica, a portuguese GNU/Linux distribution that is horribly produced, horrible to use, horrible to maintain, but thrown around at every state sponsored GNU/Linux deployment. No wonder people dislike GNU/Linux after using Caixa Mágica...

[act., com negrito meu, salientando que algumas destas questões já foram respondidas - mas não todas: AS PERGUNTAS QUE DEVEM SER FEITAS SOBRE O "MAGALHÃES": Quanto mais sei sobre todo este processo do Magalhães, mais objecções tenho ao que se está a passar. E acresce que não sei muita coisa, porque há demasiadas obscuridades sobre como este projecto apareceu, como foi decidido, quem foi consultado nas escolas (pedagogos, professores) e na indústria, como foi financiado, de quem são os computadores que o Governo "dá", visto que não os comprou e não houve concurso público, que engenharia criativa foi feita para não haver concurso público, como foi escolhida esta empresa, que compromissos existem com ela, e como vai ser dada continuidade à produção, dados os números mirabolantes que o Governo agita, e que seriam bons para a capacidade produtiva de Taiwan, e as maravilhas de design nacional que supostamente vão ser incorporadas (o que significa que os computadores que o Governo está a "dar" são inferiores aos que vai "dar" daqui a um ano). E por aí adiante. Tenho tanta convicção de que isto foi feito no joelho e à pressa que desafio o Governo a mostrar as consultas, os estudos, que fez previamente, sobre as vantagens pedagógicas do Magalhães, por especialistas da educação, e sobre cada uma das opções, pelo Classmate, pela empresa de Matosinhos, etc., etc., que sustentaram um programa calculado em 200 milhões de euros à cabeça.]