Agentes do FBI entraram em apartamentos de estudantes da Universidade do Michigan (EUA), no final de Março, para investigarem “potenciais vendas e compras fraudulentas da moeda virtual que pessoas usam para avançar” no jogo online World of Warcraft (WoW), revelou o AnnArbor.com. O esquema passava pela criação de contas bancárias reais para transacções com “dinheiro” virtual.
Esta transposição de um sistema monetário virtual para a realidade, mesmo que sem sustentação legal, levou igualmente o Facebook a posicionar-se com os seus Credits como emissor de dinheiro virtual.
Lançado em 2009, este sistema de pagamento virtual de bens na rede social (nomeadamente em jogos) pode tornar-se moeda corrente em transacções não tradicionais.
Como sintetizava o blogue emergent by design (ebd), pode o Facebook Credits tornar-se num banco mundial, quando tem 600 milhões de contas activas de utilizadores?
A resposta é afirmativa, quando uma marca paga em Credits ao utilizador que responde a inquéritos ou vê os seus anúncios, e são depois válidos na aquisição de bens ou em descontos.
“Os Credits são um exemplo claro duma moeda virtual emergente que pode ter algumas implicações de longo alcance e, certamente, vai enfrentar novos desafios regulatórios, bem como um novo conjunto de concorrentes à medida que expande as suas ofertas”, antecipa o ebd.
A concorrência já existe com a Bitcoin, por exemplo. Esta “cripto-moeda”, como lhe chamava a SpliceToday, “é uma forma única de dinheiro” com uma “segurança que as moedas tradicionais carecem em termos de medidas anti-falsificação e de protecção”.
Com “mais de 5,5 milhões de Bitcoins em circulação”, o seu valor acompanha as flutuações do dólar desde 2009.
(publicado no DN de 16.Abril.2011, imagem de ericaglasier.com @EricaGlasier, via ebd)