Parabéns aos alemães do Lidl - mas parabéns porquê?
"Todos os colaboradores a tempo inteiro que auferiam do valor base de 570 euros passam a receber o novo valor de 600 euros".
Mas a notícia não explica quantos é que dos 4.800 colaboradores em Portugal estão a tempo inteiro, a receber 570 euros e passam para os 600.
É bom ler coisas sobre o Lidl no "The living wage", "defined as the minimum pay workers need to meet their needs for housing, utilities, transport, healthcare, clothing and food".
Ah, e "More than 1,700 employers are accredited by the Living Wage Foundation, including almost a quarter of the FTSE 100 and big names such as Nestlé and Chelsea FC" mas "The foundation said it hoped Lidl would become an accredited employer to underline its commitment. Accredited companies promise to pay the living wage as it increases and to include contract staff such as cleaners as well as permanent employees".
Por fim, e só para percebermos se o Lidl vier a apoiar a selecção nacional de futebol, nada disso será novo: em Novembro, depois do tal aumento do "living wage", soube-se do "German discounter Lidl to sponsor England team".
Para alguma coisa um aumento no ordenado mínimo há-de servir, nem que seja para suportar emocionalmente uma empresa alemã a apoiar a selecção portuguesa - se isso vier a acontecer, claro.
Mas, e não sei porquê, fez-me lembrar o recente acordo de gestão dos 14 aeroportos gregos pela alemã Fraport, durante os próximos 40 anos. Vamos apoiar-vos mas temos de ter algo em troca, diria um cínico.
De qualquer forma, parabéns Lidl. Um aumento é sempre um aumento.