Tendências 2021: Antecipar o futuro é um exercício arriscado e, por isso, “esta publicação não se focou no capítulo das previsões mas nas tendências a muito curto prazo. Tendo por base o que se conhece actualmente no âmbito científico e tecnológico e do direito e das artes, é possível antever linhas de intervenção para 2021”.
Mas há que esperar pelo inesperado porque, “apesar de se poderem antecipar pequenos sinais, os momentos marcantes e disruptivos só deste século surgiram sem alertas prévios: os ataques terroristas em 2001 generalizaram as ameaças aos direitos civis e privacidades nas democracias; um motor de busca minou o modelo de negócio dos media e as redes sociais atingiram o jornalismo na sua credibilidade”.
Alguns desses momentos foram absorvidos “como episódios sem importância e sem consequências” mas não deixaram de ser marcantes. Aliás, olhando para o potencial dos seus efeitos posteriores, parece que o século XXI apenas começou em 2020, quando se tornou óbvia a impossibilidade de antecipar o inesperado, com todas as suas consequências. Ficou uma certeza: só a disrupção é real.