23 fevereiro 2004

ECOPOL

Um país sob escuta: É difícil entender, do ponto de vista filosófico, moral e político, que se admitam as escutas telefónicas que visam cidadãos e não aquelas, muito mais úteis e ricas de ensinamentos, que colocariam sob escuta os confessionários, os escritórios de advogados e os consultórios de médicos. Tal como, aliás, as salas de reunião dos conselhos de administração dos bancos, sem os quais não há branqueamento de dinheiros do crime. Melhor ainda do que as escutas, seria muito mais simples e proveitoso que as mesmas disposições legais permitissem a colocação de microfones, em permanência, em todos os locais suspeitos ou em todos os sítios que pudessem ser frequentados por "suspeitos": casas privadas, escritórios, igrejas, consultórios, cadeias, casas dos polícias e dos advogados, etc. A eficácia dos microfones e de outros dispositivos de escuta, vigilância e acompanhamento seria muito superior, dado que a maior parte das combinações criminosas se passam ao natural, não por intermédio de telefonemas. Tais microfones, aliás, devidamente instalados em casas, empresas e carros, permitiriam "caçar" tudo, incluindo telefonemas.
[act.: ESCUTAS TELEFÓNICAS (I)
ainda BARRETO
ESCUTAS TELEFÓNICAS (II)]