Prosseguindo esta conversa, José Mário Costa analisa os Olhos de jornalista e olhos de assessor: E como parte delas [erupções epidérmicas] até veio, espantosamente, de jornalistas que acham que isto do trânsito, como lhe chamava o saudoso Júlio Pinto, entre o quarto poder e o quarto do poder é uma rebaldaria criticável só nalguns casos, regressemos então ao básico da questão.
[H]á que ter a coragem necessária para declarar a tolerância zero para esta promiscuidade permanente entre o jornalismo e uma qualquer central de informação, seja ela governamental, da publicidade ou outra.
(O Clube de Jornalistas lançou uma votação e um fórum sobre o assunto.)
[act.: Assessores e jornalistas - doutrina consolidada]
[act.: a 18.12: Quarentenas: Desta feita, os comentadores bloguistas atiram-se a um jornalista por ele ter exercido a sua profissão. Reclamam quarentena para quem assessorou politicamente (ou tecnicamente) o Poder, período de nojo na profissão que detém e para a qual tem habilitação e carteira para fazer.
Como se as passagens pelo poder determinassem um defeso em relação ao exercício das profissões.
Qualquer dia teremos a exigência que os médicos não exerçam medicina, os advogados advocacia ou os informáticos informática, porque passaram por uma assessoria a um qualquer membro do Governo.
Não me parece nem coerente nem correcto.
Notas sobre o texto do Tugir:
Alguns jornalistas reclamam o período de nojo a políticos ou advogados após a passagem pelo poder, não percebo porque não o podem exigir à sua própria classe.
A profissão não é detida, é praticada.
Um médico que comete irregularidades segundo o seu código de conduta deve continuar a exercer só porque tem habilitações (e "carteira"), quando já devia ter sido proibido de exercer ao abrigo das normas éticas ou legais?
"Não me parece nem coerente nem correcto".]