02 março 2005

VITAMEDIAS

Prisa diz que processo de venda [da Lusomundo Serviços] foi opaco, "sem regras definidas" e "atípico dentro das normas seguidas por empresas cotadas".
O extraordinário caso da Lusomundo: como é possível que o mais pequeno entre os candidatos tenha feito a melhor oferta? Melhor que qualquer dos pesos pesados espanhóis, melhor que qualquer dos pesos pesados portugueses?
Perguntando ao contrário. Porque será que na segunda ronda, os pesos pesados não reforçaram suficientemente a sua avaliação da Lusomundo de forma a ultrapassar a proposta de Joaquim Oliveira? É que se nuns casos terá sido por inoportunidade financeira, noutros só pode ter sido por um, talvez evidente, excesso de risco.
Mas, além do risco, com que dinheiro ou lucros se proporá Joaquim Oliveira pagar a factura? Que engenharia financeira estará pois destinada à Lusomundo, de forma a que, por um lado, seja amortizada a sua dívida corrente de 50 milhões de euros e, por outro, seja pago o capital de 174 milhões de euros comprado à PT e financiado pelo Millennium bcp?