16 fevereiro 2007

ECOPOL

Escreve-se no Glória Fácil: Isto sim é que uma “cooperação estratégica” muito cooperativa, mas mesmo mesmo muito cooperativa
Ao início da tarde, disse o sr. Presidente:

Lisboa, 15 Fev (Lusa) - O Presidente da República, Aníbal Cavaco Silva, defendeu hoje que a Assembleia da República deve analisar as "boas práticas" existentes nos países desenvolvidos da União Europeia antes da nova lei sobre a Interrupção Voluntária da Gravidez (IVG).
"Eu próprio já estudei as práticas que vigoram em todos os países desenvolvidos na Europa e concordo com aquilo que foi dito - que se analisem as boas práticas. Deixemos que a Assembleia da República observe as boas práticas que existem por essa Europa fora", afirmou o Chefe de Estado português.

Lusa/14:50

E assim falou o ministro da Presidência, Pedro Silva Pereira, umas horas depois.

Lisboa, 15 Fev (Lusa) - O ministro da Presidência, Pedro Silva Pereira, frisou hoje que o processo de regulamentação pelo Governo da futura lei do aborto será "eminentemente administrativo" e procurará corresponder ao exercício das melhores práticas europeias.
(…) O Governo terá então "o sentido de procurar que essa regulamentação corresponda às melhores práticas europeias" ao nível da interrupção voluntária da gravidez, acrescentou.

Isto sim é entendimento, entre o engº José Cavaco Silva e o prof. Aníbal Sócrates…


E, digo eu, o entendimento é anterior porque assim falou o primeiro-ministro no dia 11 (cujo autor da notícia também é do Glória Fácil):
Sócrates recusou, por exemplo, explicar que taxas moderadoras serão aplicadas no Serviço Nacional de Saúde. Tudo o que afirmou, repetidamente, é que a legislação irá ter "presente boas práticas" europeias. "Temos tempo para fazer a regulamentação", afirmou.
Eram 21.00 quando o secretário-geral do PS comentou, na sede nacional do partido - e, como de costume, auxiliado na intervenção inicial pelo indispensável teleponto -, os resultados do referendo, nessa altura já claramente indicando uma vitória do "sim". [...]
Toda a intervenção inicial foi destinada a passar a mensagem de que agora é tempo de "virar a página" nas fracturas provocadas pelo debate do referendo. "Os portugueses querem que este tema deixe de ser um foco de conflito e de disputa política e que haja também uma mudança na realidade que permita combater o aborto clandestino na linha das soluções adoptadas pela larga maioria dos países mais desenvolvidos da Europa", afirmou.

Ou seja, a cooperação estratégica parte de Sócrates, bate em Cavaco e rebate em Silva Pereira...