22 janeiro 2009

O Alexandre Gamela

Imagem daqui

Alexandre Gamela, no blogue O Lago, desabafa como está "lixado pela forma como fui descrito num jornal depois da minha cobertura informal do Acidente no Hudson: “Alexandre Gamela, um jornalista desempregado”. O descaramento!"

O autor do "descaramento" fui eu, que não costumo trazer coisas da vida profissional para este blogue. Pelo que respondi no blogue do Gamela, há dois dias, sobre as suas afirmações e comentários.
48 horas depois, o "freelancer/empreendedor" já postou vários textos, eu já reenviei o comentário mas ele não viu a luz n'O Lago. Por isso aqui transcrevo o texto que lhe reenviei ontem, sabendo-o leitor do ContraFactos & Argumentos (pelo menos no ano passado, quando até o recomendou no Online Journalism Blog):

Caro Alexandre,
reenvio um comentário aqui colocado ontem mas até agora não publicado por acreditar ter havido qualquer problema técnico para o não mostrar aos seus leitores ou a ele responder.
Agradeço a publicação.
Pedro

Caro Alexandre,
sou o autor do texto no DN a que se refere neste post.
Não tenho por norma responder a críticas aos meus artigos. No seu caso, tenho de abrir uma excepção porque me parece haver alguma má fé, que prosseguiu nos comentários.
Não diferencio qual a contextualização a que se refere que atenua o que Paulo Querido fez no Certamente/Expresso online mas não a minha frase no DN. Ambos falámos de um jornalista desempregado - algo que o Alexandre confirma ao dizer que procura emprego. Não vejo onde está a ofensa.
Mas o que me levou principalmente a escrever é a sua afirmação de que o meu texto "é uma cópia pobre do artigo do Paulo Querido no Expresso".
Não sei qual é a sua posição sobre o plágio ou cópia no jornalismo mas eu não gosto dele e fico ofendido quando alguém ma faz, sem apresentar provas. Sendo jornalista, presumo que o Alexandre compreende a minha indignação.
O seu "desabafo" denota que ou não leu o artigo todo no DN e se fixou no parágrafo em que é referido o seu nome ou faz afirmações gratuitas sobre outras pessoas e que não abonam muito a seu favor.
Apenas mais umas notas:
- ainda sobre a contextualização: o Paulo escreveu sobre o Twitter e a rapidez do Alexandre, eu não procurei esse ângulo - basta ler os títulos... - mas não podia deixar de referir o seu nome porque, na noite (cá) do acidente, ele foi inevitável no Twitter. Mas, diferente do Paulo, o texto no DN não era sobre si e se está "lixado" com isso, é um problema seu.
- sobre o seu desemprego (ou o que lhe quiser chamar): há muitos meses que acompanho o seu blogue e não é de hoje que escreve sobre a sua situação laboral. Não precisei de ver no blogue do Paulo essa indicação. Porquê escrevê-la? Por dar ao leitor uma indicação de que é alguém, português, habituado a usar ferramentas jornalísticas e as transpõe para o Twitter. Podia ter usado outros exemplos, americanos? Podia.
- sobre a "espada" do DN: eu ainda não a senti mas presumo que saiba do que fala. Se também me quiser esclarecer neste assunto, agradeço.
Repito, não vejo o tamanho da ofensa - tanto mais escrita por um jornalista que também não está empregado mas a trabalhar para o DN.
Desejos de boa sorte para a sua vida profissional e também que não encerre O Lago.



BTW: para conhecer um caso bem mais grave, em que um blogue estraga a reputação e a saúde de uma pessoa, oiçam um inesperado testemunho nesta Prova Oral em que participei.