Ontem, quinta-feira, o assunto parecia encerrado: segundo a Rádio Renascença (RR), "Foi um membro do governo – o secretário de Estado da Administração Pública, José Leite Martins – a divulgar a informação sobre novas regras que estão em estudo para as pensões".
Ainda segundo a RR, "o mesmo governante autorizou os jornalistas convocados a divulgar na íntegra aquela informação, atribuindo-a a uma fonte oficial do ministério".
Hoje, sexta-feira e após desmentidos e erros, seis jornais e uma agência "tomam posição comum" e "reafirmam que cumpriram todas as regras da profissão, bem como o acordo feito, em colectivo e na presença de todos, com o membro do Governo que convidou os jornalistas".
Nenhum dos sete revela a fonte - cumprem o acordado com a mesma... - mas a RR está de fora deste comunicado.
Ora se a rádio de grande audiência não esteve presente no "colectivo", como soube quem foi a fonte que divulgou a informação?
Foi o secretário de Estado? Se foi, quer ir?
Ou houve protecção de fonte nos sete mas isso não impediu a partilha com quem lá não esteve?
Se sim, é, sem dúvida, uma inovadora forma de divulgação das fontes, cumprindo todas as regras da profissão.