E agora?
Em 2012, surgiram as "lágrimas à chuva" do Estado de Guerra sobre a opinião e o jornalismo:
Nesse ano, dizia-se: "a guerra está no início e a violência vai encher as ruínas das nossas cidades desertificadas por uma política que serve apenas os poderosos".
E um ano antes, no início de 2011...
... apareceu este "Estados de Guerra - todos contra todos", que passou quase despercebido nos media, inexplicavelmente quando tinha estes destaques dos entrevistados para a obra:
«O voto não serve hoje para nada porque o poder político já não manda. (...) O poder efectivo transferiu-se para o mundo da economia, da inovação e da tecnologia. Daí que vivamos, do meu ponto de vista, num regime que designo de pós-democracia.»
- Fernando Ilharco
«A noção de jornalismo, entendido como ‘serviço público’, está a perder-se. Vivemos numa época em que a rentabilidade se tornou quase no único critério orientador, a ponto de o jornalismo ser visto como algo que tem de, antes de mais, servir os interesses do negócio.»
- António Granado
«À medida que o petróleo for escasseando irá sendo disputado de forma cada vez mais brutal. A procura desenfreada dos ‘restos do petróleo’ vai tornar o nosso mundo muito pouco frequentável. (...) E já estamos a viver, em pleno, esse processo.»
- Mário Baptista Coelho
«Estamos a assistir a um fenómeno que é o do reaparecimento de uma instituição tragicamente ‘reguladora’ chamada fome. Entre 2007 e 2008 houve, pela primeira vez desde a Segunda Guerra Mundial, um aumento brutal do número de pessoas com fome. Em 2009, atingimos o inacreditável número de mil milhões de pessoas estruturalmente malnutridas.»
- Viriato Soromenho Marques
Realmente, é tramado ter razão antes de um tempo...