Culturas, economia e política, tecnologia e impactos sociais, media, contaminantes sociais, coisas estranhas... Cultures, economy and politics, technology and social impacts, media, social contamination, weird stuff...
31 maio 2007
30 maio 2007
Será criticável?
Jornalista aqui, accionista ali? Dizia-se ali que a Assembleia Geral do BCP se passava “longe, muito longe dos jornalistas”… mas não de todos:
"Longe, muito longe dos jornalistas. Que foram remetidos a uma sala no piso térreo, a do Telegrapho Commercial (assim mesmo, à antiga). Café e sumo de laranja, para iludir a espera. E as informações que iam chegando via SMS eram mandadas para os on-line a conta-gotas. Quem tentasse galgar as escadas de acesso ao primeiro andar era barrado pelo segurança. A excepção foi o semanário Expresso, cuja edição on-line ia sendo alimentada pelo único jornalista presente na reunião, numa situação tornada possível porque o semanário comprou acções do BCP".
O que diz o Código Deontológico?
4. O jornalista deve utilizar meios leais para obter informações [e] a identificação como jornalista é a regra e outros processos só podem justificar-se por razões de incontestável interesse público.
10. O jornalista deve recusar funções, tarefas e benefícios susceptíveis de comprometer o seu estatuto de independência e integridade profissional. O jornalista não deve valer-se da sua condição profissional para noticiar assuntos em que tenha interesse.
O interesse público sobrepõe-se a noticiar assuntos em que o jornalista tenha interesse (afinal de contas, ele é accionista...)?
"Longe, muito longe dos jornalistas. Que foram remetidos a uma sala no piso térreo, a do Telegrapho Commercial (assim mesmo, à antiga). Café e sumo de laranja, para iludir a espera. E as informações que iam chegando via SMS eram mandadas para os on-line a conta-gotas. Quem tentasse galgar as escadas de acesso ao primeiro andar era barrado pelo segurança. A excepção foi o semanário Expresso, cuja edição on-line ia sendo alimentada pelo único jornalista presente na reunião, numa situação tornada possível porque o semanário comprou acções do BCP".
O que diz o Código Deontológico?
4. O jornalista deve utilizar meios leais para obter informações [e] a identificação como jornalista é a regra e outros processos só podem justificar-se por razões de incontestável interesse público.
10. O jornalista deve recusar funções, tarefas e benefícios susceptíveis de comprometer o seu estatuto de independência e integridade profissional. O jornalista não deve valer-se da sua condição profissional para noticiar assuntos em que tenha interesse.
O interesse público sobrepõe-se a noticiar assuntos em que o jornalista tenha interesse (afinal de contas, ele é accionista...)?
Lua azul
Blue Moon over North America: At 9:04 pm Eastern Daylight Time on May 31st, the full moon over North America will turn blue.
Not really. But it will be the second full moon of May and, according to folklore, that makes it a Blue Moon. [...]
What about Europe? Because of time zones, this week's full Moon occurs over Europe on June 1st rather than May 31st. In Europe, therefore, it is the month of June which has two full Moons, and a Blue Moon on June 30th. In North America, May has two full Moons and a Blue moon on May 31st.
A descobrir
Mau Tempo no Jornal: "Journalism largely consists of saying 'Lord Jones is Dead' to people who never knew that Lord Jones was alive."
29 maio 2007
Algumas verdades
From Monday to Friday, most newspapers get a lot of “news,” but don’t have too many readers or ads.
From Saturday to Sunday, the same papers don’t have much “news,” but have a lot of readers and ads.
As we all know, on Friday night, many newspapers produce two editions: Saturday and Sunday papers.
So… as we are very busy those nights, that’s when public relations companies send us the worst press releases.
[daqui]
A educação da televisão
Heavy TV viewing under 2 is found: Researchers said they were surprised not only by the number of hours young children are spending in front of the television but also by the primary reason: Most parents are using television as an educational tool, not for the more conventional explanation of babysitting. Despite nearly a decade of warnings by pediatricians to the contrary, parents believe that the content of programs aimed at babies is good for brain development.
A informação quer ser uma miscelânea
Everything is Miscellaneous (Prólogo):
But we all know how reality works, so why worry about what might be possible in some sci-fi alternative universe?
Because the alternative universe exists. Every day, more of our life is lived there. It’s called the digital world.
Instead of atoms that take up room, it’s made of bits.
Instead of making us walk long aisles, in the digital world everything is only a few clicks away.
Instead of having to be the same way for all people, it can instantly rearrange itself for each person and each person’s current task.
Instead of being limited by space and operational simplicity in the number of items it can stock, the digital world can include every item and variation the buyers at Staples could possibly want.
Instead of items being placed in one area of the store, or occasionally in two, they can be classified in every different category in which users might conceivably expect to find them.
Instead of living in the neat, ordered shelves we find in the Prototype Labs, items can be jumbled digitally and sorted out only when and how a user wants to look for them.
Those differences are significant. But they’re just the starting point. For something much larger is at stake than how we lay out our stores. The physical limitations that silently guide the organization of an office supply store also guide how we organize our businesses, our government, our schools. They have guided—and limited—how we organize knowledge itself. From management structures to encyclopedias, to the courses of study we put our children through, to the way we decide what’s worth believing, we have organized our ideas with principles designed for use in a world limited by the laws of physics.
Suppose that now, for the first time in history, we are able to arrange our concepts without the silent limitations of the physical. How might our ideas, organizations, and knowledge itself change?
That journey will take us from Aristotle to the quiet psychology professor in Berkeley, California, who proved him wrong. From scientists trying to number living things to the businesses that are deciding that if they make their information messier, it’ll be easier to find. From the eighteenth-century encyclopedists who were accused of violating God’s order because they arranged topics alphabetically to the world’s first encyclopedia without editors, page limits, or order.
And here’s a hint about what we will find. As we invent new principles of organization that make sense in a world of knowledge freed from physical constraints, information doesn’t just want to be free. It wants to be miscellaneous.
Capítulo 1: The New Order of Order: We have entire industries and institutions built on the fact that the paper order severely limits how things can be organized. Museums, educational curricula, newspapers, the travel industry, and television schedules are all based on the assumption that in the second-order world, we need experts to go through information, ideas, and knowledge and put them neatly away.
28 maio 2007
Daguerreótipo
World's 'oldest camera' auctioned: One of the world's oldest cameras has sold to an anonymous bidder at auction for almost 600,000 euros (£400,000).
The daguerreotype camera, made by French firm Susse Freres no later than 1839, was found in a German attic and sold at a Vienna auction house.
Para os que acham que estamos pior...
E agora uma história (entre muitas) com o meu pai. Um verdadeiramente importante "erro" de números: Salazar estabelecia uma espécie de quotas de corrupção a que cada um tinha direito, conforme a posição de cada pessoa. Quem tinha um posição elevada, tinha uma quota maior. Quem tinha uma posição menos elevada, tinha uma quota menor. Nesta perpectiva, e noto que trata-se apenas da opinião pessoal de uma pessoa que conheceu a administração daquele tempo, era a corrupção organizada. Não interessa se, nas suas finanças pessoais, era íntegro, como vários testemunhos fazem crer. Possivelmente, até o próprio tinha um enorme desprezo pelo os que o rodeavam.
27 maio 2007
Finalmente, há quem esteja a tomar atenção... mas já é demasiado tarde.
UMA VIDA, UMA FICHA: Numa qualquer base de dados, numa qualquer ficha real ou potencial, a vida de João Silva cabe toda, em particular sexo e dinheiro, os grandes fautores da curiosidade alheia, as marcas da fragilidade, as Grandes Mentiras. O Estado sabe que todas estas coisas podem vir a ser úteis.
Um dia.
João Silva está longe de o saber.
Data Retention
David Davis [shadow Home Secretary]: So, Chancellor, will you return the freedoms we lost under Blair? Liberty and security are not tradable commodities. We cannot defend our freedoms by sacrificing them.
Umas lembranças, publicadas no suplemento Computadores do Público em 2002.
Esta é de Junho de 2002:
Privacidade europeia recua perante insegurança
Suspeitos até prova em contrário
Pedro Fonseca
A vigilância dos meios telemáticos na Europa vai ser mais apertada. Seguindo os passos dos Estados Unidos e com o apoio da polícia europeia Europol e do Reino Unido, o Parlamento Europeu adoptou no final de Maio um projecto de revisão da directiva europeia de 1997 relativa ao tratamento dos dados pessoais e protecção da vida privada no sector das comunicações (neste caso, generalizada para todas as comunicações electrónicas). A directiva deve entrar em vigor até 2005 e prevê o registo dos dados pessoais por um período limitado mas não especificado.
A revisão da directiva segue de perto algumas propostas da Europol, como se deduz da leitura de um documento confidencial da polícia europeia divulgado no início do mês pelo eurodeputado italiano Marco Cappato, opositor da proposta europeia para a retenção de dados nas comunicações electrónicas que, segundo Cappato, é contrária à posição do Comité Europeu de Liberdades e Direitos.
A polícia europeia incorporou na sua agenda várias recomendações para vigilância electrónica, nomeadamente pela obrigatoriedade dos fornecedores de acesso à Internet registarem e manterem indefinidamente dados pessoais na utilização do seu serviço e dos operadores de redes telefónicas fixas e móveis serem igualmente obrigados a manter um registo detalhado das acções dos seus clientes por um período indeterminado.
O documento, apresentado a 11 de Abril numa reunião da Europol sob a denominação de “Expert Meeting on Cyber Crime: Data Retention”, refere ainda um questionário enviado aos Estados membros a 3 de Dezembro de 2001 sobre uma “lista de dados mínimos e opcionais a serem registados por fornecedores de acesso à Internet e operadores telefónicos”. A lista dos dados a registar pelos ISPs inclui o nome e “password” do utilizador, endereço IP, número de bytes transmitidos e recebidos, números de cartão de crédito ou de contas bancárias usadas para pagamento do serviço, identificação do emissor e receptor das mensagens de “email” e dados horários, informação sobre “download” ou “upload” de ficheiros, endereços Web visitados e ainda informação sobre o acesso a “newsgroups” e canais de IRC.
Relativamente aos operadores telefónicos, discrimina para registo os números telefónicos do emissor e do receptor, a sua identificação, endereços de facturação e dados bancários associados, data e hora da chamada telefónica, abrangendo igualmente as mensagens SMS, bem como as coordenadas geográficas dos aparelhos móveis, registadas através das antenas ou satélites que efectuem a comunicação. Embora actualmente os dados de localização deste tipo sejam imprecisos, a proposta define os dados de localização como a latitude, longitude e altitude do terminal do utilizador, a direcção do percurso, o nível de fiabilidade da informação sobre a localização ou a identificação da célula da rede.
O documento confirmou os receios de vários grupos internacionais de defesa das liberdades cívicas opositores à adopção daquela proposta pelo Parlamento Europeu. Basicamente, esta obriga os operadores de redes de telecomunicações a registar e conservar todos os passos electrónicos de um utilizador por um período superior aos três meses actuais consagrados para efeitos de facturação, após o que se deve proceder à sua eliminação.
O futuro prazo de manutenção do registo caberá a cada país mas a Alemanha, Bélgica, França, Holanda ou o Reino Unido já aprovaram medidas no sentido de um período de 12 meses.
Curiosamente, a proposta europeia de alteração foi inserida numa directiva que pretende proteger os utilizadores da Internet do “spam” (correio electrónico não solicitado) e dos “cookies” (informação guardada no computador sobre o comportamento de navegação dos utilizadores). Outra alteração introduz a possibilidade do tratamento suplementar dos dados pessoais para o fornecimento de serviços de valor acrescentado, embora apenas com o consentimento do utilizador, e simplificação da opção de os dados fazerem parte de listas públicas de todas as comunicações electrónicas, sem que o utilizador tenha de pagar por não figurar nelas, bem como de ser informado sobre as possíveis utilizações dessas listas.
Na prática, a directiva permite uma enorme colecção de dados sobre um grande grupo de pessoas, que pode nunca vir a cometer qualquer crime, quando o intuito é a vigilância de uns poucos. Pelo que “nenhum Estado tem o direito de guardar dados íntimos como estes sobre os seus cidadãos sem provas - legitimado apenas pelo argumento da facilidade de aplicação da lei”, argumenta-se numa carta aberta enviada aos governos e parlamentos da União Europeia assinada por mais de 9200 pessoas, das quais apenas oito são portuguesas (ver em www.stop1984.com/index2.php?lang=en&text=letter.txt).
Para outros, no entanto, “o princípio de proteger os dados pessoais não se deve interpôr na luta contra o crime e o terrorismo”, como afirmava uma semana depois do 11 de Setembro o ministro do Interior alemão Otto Schily. Mas “isto viola um princípio fundamental da privacidade que é o de dados recolhidos com um fim não serem usados para outro”, salienta John Wadham, director da organização Liberty (www.liberty-human-rights.org.uk).
Quem já se recusou a registar o emissor, o receptor e o assunto das mensagens de correio electrónico foi o fornecedor francês de acesso Altern.org, após o recente apelo da associação Repórteres Sem Fronteiras. Esta incentivou a recusa ao fornecimento desses dados, excepto em caso de mandato judicial. Robert Ménard, secretário-geral da organização, alertou que a adopção da directiva coloca em causa o segredo profissional sobre as fontes dos jornalistas e, por essa razão, propõe a utilização de um software de criptografia como o PGP para garantir a confidencialidade do correio electrónico.
Outras duas questões sensíveis estão relacionadas com o custo e o abuso deste tipo de recolha de dados pessoais. Por um lado, uma situação semelhante está a ocorrer actualmente nos Estados Unidos, para levar os operadores telefónicos e de acesso à Internet a garantirem o acesso do FBI a dados pessoais e às conversações móveis, ao abrigo do “Communications Assistance for Law Enforcement Act” (CALEA) aprovado em 1994. Essas empresas têm de adquirir novos equipamentos e antecipam que esse investimento deverá reflectir-se em aumentos nas tarifas cobradas aos utilizadores.
Na Europa, “é típico que uma mudança tão radical no controlo sobre informação privada seja trabalhada em segredo”, afirmava recentemente Ian Brown, director da Foundation for Information Policy Research, ao diário inglês The Observer. “Parece ter sido a Inglaterra quem pressionou os outros Estados membros para adoptarem este tipo de legislação. Em 99 por cento dos casos ela será usada de forma apropriada mas o que acontecerá com o outro um por cento? Não existe um escrutínio suficiente sobre o que se está a passar”, realça Brown.
E o que se está a passar, nomeadamente em Portugal, não é de molde a sossegar almas inquietas. No final de Maio, o jornal “online” Portugal Digital revelou que a operadora Optimus forneceu à Polícia Judiciária, sem mandato judicial, uma lista de chamadas telefónicas, com horas e zona geográfica, de um seu cliente. Para a operadora bastou um “pedido de listagem” da PJ. Agora, Optimus e Estado podem vir a ser processados pelo referido cliente.
Esta é de Setembro do mesmo 2002:
11 de Setembro acelerou o fim da privacidade e direitos cívicos
Danos colaterais
Os eventos de 11 de Setembro de 2001 permitiram aos governos, democráticos ou não, aproveitar a luta contra o terrorismo para aumentar a vigilância na Internet e minar as liberdades cívicas, segundo dois estudos divulgados na semana passada. “Um ano após os trágicos eventos em Nova Iorque e Washington”, afirma a organização Reporters Sans Frontières (RSF), “a Internet pode ser incluída na lista dos ‘danos colaterais’”.
Segundo o seu estudo “Internet em Liberdade Vigiada”, países como a China, a Tunísia ou o Vietname aproveitaram “com oportunismo o contexto da campanha antiterrorista internacional para reforçarem os seus dispositivos policiais e legislativos”. No entanto, também os Estados Unidos, o Canadá, a Índia, os países europeus, o Parlamento Europeu, o Conselho da Europa ou o G8 “adoptaram leis, medidas e acções que são estruturadas para colocar a Internet sob tutela dos serviços de segurança”.
A organização sustenta que o registo de informação sobre sítios Web visitados e sobre as mensagens de correio electrónico pode transformar os fornecedores de acesso à Internet (ISPs) e outros operadores de telecomunicações em “potenciais auxiliares da polícia”. Por outro lado, “este abuso sem precedentes significa que todos os cidadãos estão teoricamente sob suspeita”.
Robert Ménard, secretário-geral da RSF, questiona-se sobre o que sucederia se leis semelhantes fossem aplicadas ao correio postal. Os cidadãos “sentir-se-iam ultrajados por estas restrições à sua liberdade. No entanto, é exactamente este tipo de medidas que foi ou está a ser adoptado relativamente à Internet”.
Em termos de exemplos, a RSF refere a tecnologia “Magic Lantern”, desenvolvida pelo FBI nos Estados Unidos (o país com mais referências no relatório) e que permite a instalação discreta pela Internet de software capaz de registar as batidas num teclado do computador, ficando-se assim a conhecer as “passwords” dos utilizadores.
Na Alemanha, foram tomadas medidas que acabam com a separação entre os serviços da polícia e de informação, pelo que estes podem aceder aos ficheiros policiais.
Na Dinamarca, os serviços secretos e a polícia podem consultar os dados pessoais armazenados pelos ISPs sem autorização judicial.
Em Inglaterra, o ministério do Interior tem o direito de verificar as transacções financeiras electrónicas ou de controlo do correio electrónico privado, em muitos casos sem necessidade de permissão judicial.
Muitas das leis que permitem estas acções foram aprovadas à pressa no final de 2001, tal como uma italiana que permite aos agentes dos serviços secretos civis e militares, “com total impunidade, cometer crimes no decurso das suas missões, excepto matar ou ferir pessoas”, mas desde o roubo às escutas telefónicas e electrónicas “selvagens”, muito é permitido.
Quanto à União Europeia, tradicional opositora de formas de vigilância electrónica até Setembro do ano passado, o relatório lembra a “ingerência” norte-americana para forçar a retenção dos dados das ligações electrónicas pelos operadores de telecomunicações no âmbito de uma directiva então a ser revista no Parlamento Europeu, o que acabou por suceder.
Mais extenso, um estudo conjunto do Electronic Privacy Information Center (EPIC) e da Privacy International igualmente divulgado na semana passada, é o primeiro a documentar extensivamente as modificações na privacidade e nos direitos cívicos e nas tendências de vigilância desde Setembro de 2001.
O estudo “Privacidade e Direitos Humanos 2002” analisa as novas medidas antiterrorismo e de segurança e identifica quatro tendências principais: a crescente vigilância das comunicações e de poderes de busca e captura, o enfraquecimento dos regimes de protecção de dados, a crescente partilha de dados (intergovernamental mas também com e entre empresas) e de identificação de indivíduos, nomeadamente dos viajantes. “Nenhuma destas tendências é necessariamente nova, a novidade é a velocidade com que estas políticas foram aceites e, em muitos casos, se tornaram lei”, afirma-se no documento.
O trabalho argumenta igualmente que muitas das propostas entretanto aprovadas não eram novas na altura do 11 de Setembro. “As agências de segurança pediam uma crescente autoridade para a vigilância das comunicações. Associações da indústria do entretenimento encorajavam os governos nacionais para criarem novas categorias de crime informático que incluísse a violação do direito de autor. Vendedores de sistemas de bases de dados informáticas pressionaram os governos para comprar mais sistemas de bases de dados. Criadores de tecnologias de identificação impulsionaram um maior uso das suas técnicas de identificação. Estudiosos reclamaram por uma maior transparência sobre a vida privada. Todos eles encontraram apoio nos eventos de 11 de Setembro para argumentar uma maior vigilância de pessoas que não tinham cometido nenhum crime”, declara Marc Rotenberg, director executivo do EPIC.
As ameaças à privacidade detectadas no estudo incluem os sistemas de identificação pessoal (biométrico ou por bilhete de identidade), a vigilância das comunicações e por vídeo e por satélite, os problemas no comércio electrónico, nos registos públicos e nas parcerias público-privados, os sistemas de gestão de direitos digitais, a chamada “Spy TV” (televisão interactiva e T-comércio), a privacidade genética e no local de trabalho. A segunda parte do trabalho analisa a situação isolada em cerca de 50 países, entre os quais Portugal (ver caixa).
Privacidade à portuguesa
Portugal não é um caso complicado em termos de privacidade e direitos cívicos, a julgar pela leitura do estudo “Privacidade e Direitos Humanos 2002”, do Electronic Privacy Information Center (EPIC) e da Privacy International.
O documento analisa o articulado da Constituição no que se refere à protecção da privacidade, o segredo das comunicações e protecção de dados, a Lei da Protecção de Dados Pessoais de 1998, adoptada da directiva comunitária e fiscalizada pela Comissão Nacional de Protecção de Dados (com dados estatísticos e exemplos até 2000), e passa ao de leve pela legislação sobre crime informático, do acesso a documentos administrativos ou por outras convenções assinadas por Portugal no âmbito do Conselho da Europa ou da OCDE.
No entanto, não são abordados alguns dos casos ocorridos após o 11 de Setembro. Logo no final desse mês, o então governo do primeiro-ministro António Guterres aprovou em Conselho de Ministros uma proposta de lei para modificar a classificação de documentos, visando restringir o acesso a documentos de segurança interna e externa, relações externas e sobre questões económicas e financeiras, bem como de investigação criminal, técnica e científica e sobre a intimidade das pessoas.
As questões polémicas prendiam-se com a classificação das questões económicas e a manutenção da classificação mesmo no âmbito de processos judiciais. Ao PÚBLICO de 19 de Outubro, o deputado João Cravinho (PS), ironizava: “É uma filosofia inspirada noutros casos europeus, mas não me parece válida. A não ser que os documentos a esconder dos cidadãos sejam tantos que já não há ministro que chegue para classificar, é preciso desconcentrar”. E concluía que “o problema é que isto é para impedir a discussão pública de documentos que deveriam ser debatidos na opinião pública”.
Também em Outubro, Guterres anunciou a intenção de criar uma base nacional de ADN, a partir da recolha de elementos como a saliva, unhas ou cabelo. Um projecto benéfico “se Portugal se tornar activo e fizer 10 ou 15 anos antes o que inevitavelmente terá de fazer mais tarde”, afirmava à agência Lusa o secretário de Estado da Justiça, Diogo Machado, no início de Novembro. A ideia não era nova e tinha sido abordada publicamente por Duarte Nuno Vieira, presidente do Instituto Nacional de Medicina Legal, reclamando um necessário debate público (PÚBLICO, 20.06.2001).
Ainda no âmbito da privacidade na saúde, a Juventude Socialista avança em Dezembro com um anteprojecto para tornar obrigatório o rastreio de doenças infecto-contagiosas, obrigando a ter um comprovativo de testes realizados ao HIV, hepatites ou tuberculose para a emissão ou renovação do bilhete de identidade. A resposta veio novamente de dentro das hostes socialistas, pela deputada Ana Benavente: a proposta é “totalitária e autoritária”.
Já este ano, em Fevereiro, o semanário Expresso revela que a empresa que criou as pulseiras electrónicas para os presos em liberdade condicionada pensa usá-las na saúde (para “doentes que sofrem da doença de Alzheimer ou toxicodependentes em tratamento”) ou na educação (“com alunos, nos recreios das escolas e em excursões ou visitas de estudo. Neste caso, as pulseiras são substituídas por um aparelho que se pode pendurar ao pescoço”).
Em Maio, é a vez da Optimus ser processada por um cliente, no âmbito de uma história complicada, em que a operadora telefónica forneceu uma lista de dados confidenciais de telefonemas do cliente à Polícia Judiciária, sem esta ter apresentado qualquer mandato judicial mas apenas um pedido de listagem “imprescindível para a investigação do inquérito crime”, segundo revelou o Portugal Diário.
Finalmente, em Agosto, na proposta do novo Código de Trabalho ainda em discussão, o Governo preconiza que as empresas podem exigir informações sobre a vida privada dos trabalhadores e a realização de testes ou exames médicos no caso deles serem relevantes para a actividade a desempenhar. Embora pareça razoável para certas profissões, a formulação da proposta de lei cria uma situação em que “o candidato a empregado deverá colocar em tribunal a sua futura entidade patronal sempre que considerar que a lei foi ultrapassada”, como referia o Público a 23 de Agosto. O que se torna complicado em termos de exames genéticos, algo que as empresas estão impedidas de exigir actualmente.
Qual a importância social destas questões no nosso país? Poucos dias após o 11 de Setembro, metade dos inquiridos numa sondagem da Universidade Católica para o PÚBLICO, Antena 1 e RTP considerava que a “vigilância contra o terrorismo tem de aumentar, mesmo que isso afecte as nossas liberdades individuais”, enquanto apenas 36,4 por cento respondia à questão com o formulado de “desde que isso não afecte as nossas liberdades individuais” (embora estas não fossem especificadas no inquérito).
Já agora, na Global Terrorism Database do National Consortium for the Study of Terrorism and Responses to Terrorism, Portugal não tem qualquer incidente.
Também a propósito e porque isto não tem só a ver com política: Ficheiro de ADN omite doenças: Informações podem ser apetecíveis a patrões e seguradoras do ramo vida: Menos convencido quanto à utilidade desse ficheiro está o ex-director do Instituto de Medicina Legal do Porto, José Pinto da Costa, que considerou não ser fundamental a criação da base de dados, embora admitisse desconhecer a proposta de lei aprovada. "Não me parece que tenha especial utilidade em Portugal, a não ser para casos excepcionais, como serial killers ou abusos sexuais", disse o especialista, esclarecendo que a identificação de cadáveres faz--se sem base de dados genéticos". O Governo prepara-se para apresentar as regras dessa base de dados.
E nada como saber quem fornece e faz a manutenção da base de dados - ou seja, quem ganha com este negócio...
Um dia.
João Silva está longe de o saber.
Data Retention
David Davis [shadow Home Secretary]: So, Chancellor, will you return the freedoms we lost under Blair? Liberty and security are not tradable commodities. We cannot defend our freedoms by sacrificing them.
Umas lembranças, publicadas no suplemento Computadores do Público em 2002.
Esta é de Junho de 2002:
Privacidade europeia recua perante insegurança
Suspeitos até prova em contrário
Pedro Fonseca
A vigilância dos meios telemáticos na Europa vai ser mais apertada. Seguindo os passos dos Estados Unidos e com o apoio da polícia europeia Europol e do Reino Unido, o Parlamento Europeu adoptou no final de Maio um projecto de revisão da directiva europeia de 1997 relativa ao tratamento dos dados pessoais e protecção da vida privada no sector das comunicações (neste caso, generalizada para todas as comunicações electrónicas). A directiva deve entrar em vigor até 2005 e prevê o registo dos dados pessoais por um período limitado mas não especificado.
A revisão da directiva segue de perto algumas propostas da Europol, como se deduz da leitura de um documento confidencial da polícia europeia divulgado no início do mês pelo eurodeputado italiano Marco Cappato, opositor da proposta europeia para a retenção de dados nas comunicações electrónicas que, segundo Cappato, é contrária à posição do Comité Europeu de Liberdades e Direitos.
A polícia europeia incorporou na sua agenda várias recomendações para vigilância electrónica, nomeadamente pela obrigatoriedade dos fornecedores de acesso à Internet registarem e manterem indefinidamente dados pessoais na utilização do seu serviço e dos operadores de redes telefónicas fixas e móveis serem igualmente obrigados a manter um registo detalhado das acções dos seus clientes por um período indeterminado.
O documento, apresentado a 11 de Abril numa reunião da Europol sob a denominação de “Expert Meeting on Cyber Crime: Data Retention”, refere ainda um questionário enviado aos Estados membros a 3 de Dezembro de 2001 sobre uma “lista de dados mínimos e opcionais a serem registados por fornecedores de acesso à Internet e operadores telefónicos”. A lista dos dados a registar pelos ISPs inclui o nome e “password” do utilizador, endereço IP, número de bytes transmitidos e recebidos, números de cartão de crédito ou de contas bancárias usadas para pagamento do serviço, identificação do emissor e receptor das mensagens de “email” e dados horários, informação sobre “download” ou “upload” de ficheiros, endereços Web visitados e ainda informação sobre o acesso a “newsgroups” e canais de IRC.
Relativamente aos operadores telefónicos, discrimina para registo os números telefónicos do emissor e do receptor, a sua identificação, endereços de facturação e dados bancários associados, data e hora da chamada telefónica, abrangendo igualmente as mensagens SMS, bem como as coordenadas geográficas dos aparelhos móveis, registadas através das antenas ou satélites que efectuem a comunicação. Embora actualmente os dados de localização deste tipo sejam imprecisos, a proposta define os dados de localização como a latitude, longitude e altitude do terminal do utilizador, a direcção do percurso, o nível de fiabilidade da informação sobre a localização ou a identificação da célula da rede.
O documento confirmou os receios de vários grupos internacionais de defesa das liberdades cívicas opositores à adopção daquela proposta pelo Parlamento Europeu. Basicamente, esta obriga os operadores de redes de telecomunicações a registar e conservar todos os passos electrónicos de um utilizador por um período superior aos três meses actuais consagrados para efeitos de facturação, após o que se deve proceder à sua eliminação.
O futuro prazo de manutenção do registo caberá a cada país mas a Alemanha, Bélgica, França, Holanda ou o Reino Unido já aprovaram medidas no sentido de um período de 12 meses.
Curiosamente, a proposta europeia de alteração foi inserida numa directiva que pretende proteger os utilizadores da Internet do “spam” (correio electrónico não solicitado) e dos “cookies” (informação guardada no computador sobre o comportamento de navegação dos utilizadores). Outra alteração introduz a possibilidade do tratamento suplementar dos dados pessoais para o fornecimento de serviços de valor acrescentado, embora apenas com o consentimento do utilizador, e simplificação da opção de os dados fazerem parte de listas públicas de todas as comunicações electrónicas, sem que o utilizador tenha de pagar por não figurar nelas, bem como de ser informado sobre as possíveis utilizações dessas listas.
Na prática, a directiva permite uma enorme colecção de dados sobre um grande grupo de pessoas, que pode nunca vir a cometer qualquer crime, quando o intuito é a vigilância de uns poucos. Pelo que “nenhum Estado tem o direito de guardar dados íntimos como estes sobre os seus cidadãos sem provas - legitimado apenas pelo argumento da facilidade de aplicação da lei”, argumenta-se numa carta aberta enviada aos governos e parlamentos da União Europeia assinada por mais de 9200 pessoas, das quais apenas oito são portuguesas (ver em www.stop1984.com/index2.php?lang=en&text=letter.txt).
Para outros, no entanto, “o princípio de proteger os dados pessoais não se deve interpôr na luta contra o crime e o terrorismo”, como afirmava uma semana depois do 11 de Setembro o ministro do Interior alemão Otto Schily. Mas “isto viola um princípio fundamental da privacidade que é o de dados recolhidos com um fim não serem usados para outro”, salienta John Wadham, director da organização Liberty (www.liberty-human-rights.org.uk).
Quem já se recusou a registar o emissor, o receptor e o assunto das mensagens de correio electrónico foi o fornecedor francês de acesso Altern.org, após o recente apelo da associação Repórteres Sem Fronteiras. Esta incentivou a recusa ao fornecimento desses dados, excepto em caso de mandato judicial. Robert Ménard, secretário-geral da organização, alertou que a adopção da directiva coloca em causa o segredo profissional sobre as fontes dos jornalistas e, por essa razão, propõe a utilização de um software de criptografia como o PGP para garantir a confidencialidade do correio electrónico.
Outras duas questões sensíveis estão relacionadas com o custo e o abuso deste tipo de recolha de dados pessoais. Por um lado, uma situação semelhante está a ocorrer actualmente nos Estados Unidos, para levar os operadores telefónicos e de acesso à Internet a garantirem o acesso do FBI a dados pessoais e às conversações móveis, ao abrigo do “Communications Assistance for Law Enforcement Act” (CALEA) aprovado em 1994. Essas empresas têm de adquirir novos equipamentos e antecipam que esse investimento deverá reflectir-se em aumentos nas tarifas cobradas aos utilizadores.
Na Europa, “é típico que uma mudança tão radical no controlo sobre informação privada seja trabalhada em segredo”, afirmava recentemente Ian Brown, director da Foundation for Information Policy Research, ao diário inglês The Observer. “Parece ter sido a Inglaterra quem pressionou os outros Estados membros para adoptarem este tipo de legislação. Em 99 por cento dos casos ela será usada de forma apropriada mas o que acontecerá com o outro um por cento? Não existe um escrutínio suficiente sobre o que se está a passar”, realça Brown.
E o que se está a passar, nomeadamente em Portugal, não é de molde a sossegar almas inquietas. No final de Maio, o jornal “online” Portugal Digital revelou que a operadora Optimus forneceu à Polícia Judiciária, sem mandato judicial, uma lista de chamadas telefónicas, com horas e zona geográfica, de um seu cliente. Para a operadora bastou um “pedido de listagem” da PJ. Agora, Optimus e Estado podem vir a ser processados pelo referido cliente.
Esta é de Setembro do mesmo 2002:
11 de Setembro acelerou o fim da privacidade e direitos cívicos
Danos colaterais
Os eventos de 11 de Setembro de 2001 permitiram aos governos, democráticos ou não, aproveitar a luta contra o terrorismo para aumentar a vigilância na Internet e minar as liberdades cívicas, segundo dois estudos divulgados na semana passada. “Um ano após os trágicos eventos em Nova Iorque e Washington”, afirma a organização Reporters Sans Frontières (RSF), “a Internet pode ser incluída na lista dos ‘danos colaterais’”.
Segundo o seu estudo “Internet em Liberdade Vigiada”, países como a China, a Tunísia ou o Vietname aproveitaram “com oportunismo o contexto da campanha antiterrorista internacional para reforçarem os seus dispositivos policiais e legislativos”. No entanto, também os Estados Unidos, o Canadá, a Índia, os países europeus, o Parlamento Europeu, o Conselho da Europa ou o G8 “adoptaram leis, medidas e acções que são estruturadas para colocar a Internet sob tutela dos serviços de segurança”.
A organização sustenta que o registo de informação sobre sítios Web visitados e sobre as mensagens de correio electrónico pode transformar os fornecedores de acesso à Internet (ISPs) e outros operadores de telecomunicações em “potenciais auxiliares da polícia”. Por outro lado, “este abuso sem precedentes significa que todos os cidadãos estão teoricamente sob suspeita”.
Robert Ménard, secretário-geral da RSF, questiona-se sobre o que sucederia se leis semelhantes fossem aplicadas ao correio postal. Os cidadãos “sentir-se-iam ultrajados por estas restrições à sua liberdade. No entanto, é exactamente este tipo de medidas que foi ou está a ser adoptado relativamente à Internet”.
Em termos de exemplos, a RSF refere a tecnologia “Magic Lantern”, desenvolvida pelo FBI nos Estados Unidos (o país com mais referências no relatório) e que permite a instalação discreta pela Internet de software capaz de registar as batidas num teclado do computador, ficando-se assim a conhecer as “passwords” dos utilizadores.
Na Alemanha, foram tomadas medidas que acabam com a separação entre os serviços da polícia e de informação, pelo que estes podem aceder aos ficheiros policiais.
Na Dinamarca, os serviços secretos e a polícia podem consultar os dados pessoais armazenados pelos ISPs sem autorização judicial.
Em Inglaterra, o ministério do Interior tem o direito de verificar as transacções financeiras electrónicas ou de controlo do correio electrónico privado, em muitos casos sem necessidade de permissão judicial.
Muitas das leis que permitem estas acções foram aprovadas à pressa no final de 2001, tal como uma italiana que permite aos agentes dos serviços secretos civis e militares, “com total impunidade, cometer crimes no decurso das suas missões, excepto matar ou ferir pessoas”, mas desde o roubo às escutas telefónicas e electrónicas “selvagens”, muito é permitido.
Quanto à União Europeia, tradicional opositora de formas de vigilância electrónica até Setembro do ano passado, o relatório lembra a “ingerência” norte-americana para forçar a retenção dos dados das ligações electrónicas pelos operadores de telecomunicações no âmbito de uma directiva então a ser revista no Parlamento Europeu, o que acabou por suceder.
Mais extenso, um estudo conjunto do Electronic Privacy Information Center (EPIC) e da Privacy International igualmente divulgado na semana passada, é o primeiro a documentar extensivamente as modificações na privacidade e nos direitos cívicos e nas tendências de vigilância desde Setembro de 2001.
O estudo “Privacidade e Direitos Humanos 2002” analisa as novas medidas antiterrorismo e de segurança e identifica quatro tendências principais: a crescente vigilância das comunicações e de poderes de busca e captura, o enfraquecimento dos regimes de protecção de dados, a crescente partilha de dados (intergovernamental mas também com e entre empresas) e de identificação de indivíduos, nomeadamente dos viajantes. “Nenhuma destas tendências é necessariamente nova, a novidade é a velocidade com que estas políticas foram aceites e, em muitos casos, se tornaram lei”, afirma-se no documento.
O trabalho argumenta igualmente que muitas das propostas entretanto aprovadas não eram novas na altura do 11 de Setembro. “As agências de segurança pediam uma crescente autoridade para a vigilância das comunicações. Associações da indústria do entretenimento encorajavam os governos nacionais para criarem novas categorias de crime informático que incluísse a violação do direito de autor. Vendedores de sistemas de bases de dados informáticas pressionaram os governos para comprar mais sistemas de bases de dados. Criadores de tecnologias de identificação impulsionaram um maior uso das suas técnicas de identificação. Estudiosos reclamaram por uma maior transparência sobre a vida privada. Todos eles encontraram apoio nos eventos de 11 de Setembro para argumentar uma maior vigilância de pessoas que não tinham cometido nenhum crime”, declara Marc Rotenberg, director executivo do EPIC.
As ameaças à privacidade detectadas no estudo incluem os sistemas de identificação pessoal (biométrico ou por bilhete de identidade), a vigilância das comunicações e por vídeo e por satélite, os problemas no comércio electrónico, nos registos públicos e nas parcerias público-privados, os sistemas de gestão de direitos digitais, a chamada “Spy TV” (televisão interactiva e T-comércio), a privacidade genética e no local de trabalho. A segunda parte do trabalho analisa a situação isolada em cerca de 50 países, entre os quais Portugal (ver caixa).
Privacidade à portuguesa
Portugal não é um caso complicado em termos de privacidade e direitos cívicos, a julgar pela leitura do estudo “Privacidade e Direitos Humanos 2002”, do Electronic Privacy Information Center (EPIC) e da Privacy International.
O documento analisa o articulado da Constituição no que se refere à protecção da privacidade, o segredo das comunicações e protecção de dados, a Lei da Protecção de Dados Pessoais de 1998, adoptada da directiva comunitária e fiscalizada pela Comissão Nacional de Protecção de Dados (com dados estatísticos e exemplos até 2000), e passa ao de leve pela legislação sobre crime informático, do acesso a documentos administrativos ou por outras convenções assinadas por Portugal no âmbito do Conselho da Europa ou da OCDE.
No entanto, não são abordados alguns dos casos ocorridos após o 11 de Setembro. Logo no final desse mês, o então governo do primeiro-ministro António Guterres aprovou em Conselho de Ministros uma proposta de lei para modificar a classificação de documentos, visando restringir o acesso a documentos de segurança interna e externa, relações externas e sobre questões económicas e financeiras, bem como de investigação criminal, técnica e científica e sobre a intimidade das pessoas.
As questões polémicas prendiam-se com a classificação das questões económicas e a manutenção da classificação mesmo no âmbito de processos judiciais. Ao PÚBLICO de 19 de Outubro, o deputado João Cravinho (PS), ironizava: “É uma filosofia inspirada noutros casos europeus, mas não me parece válida. A não ser que os documentos a esconder dos cidadãos sejam tantos que já não há ministro que chegue para classificar, é preciso desconcentrar”. E concluía que “o problema é que isto é para impedir a discussão pública de documentos que deveriam ser debatidos na opinião pública”.
Também em Outubro, Guterres anunciou a intenção de criar uma base nacional de ADN, a partir da recolha de elementos como a saliva, unhas ou cabelo. Um projecto benéfico “se Portugal se tornar activo e fizer 10 ou 15 anos antes o que inevitavelmente terá de fazer mais tarde”, afirmava à agência Lusa o secretário de Estado da Justiça, Diogo Machado, no início de Novembro. A ideia não era nova e tinha sido abordada publicamente por Duarte Nuno Vieira, presidente do Instituto Nacional de Medicina Legal, reclamando um necessário debate público (PÚBLICO, 20.06.2001).
Ainda no âmbito da privacidade na saúde, a Juventude Socialista avança em Dezembro com um anteprojecto para tornar obrigatório o rastreio de doenças infecto-contagiosas, obrigando a ter um comprovativo de testes realizados ao HIV, hepatites ou tuberculose para a emissão ou renovação do bilhete de identidade. A resposta veio novamente de dentro das hostes socialistas, pela deputada Ana Benavente: a proposta é “totalitária e autoritária”.
Já este ano, em Fevereiro, o semanário Expresso revela que a empresa que criou as pulseiras electrónicas para os presos em liberdade condicionada pensa usá-las na saúde (para “doentes que sofrem da doença de Alzheimer ou toxicodependentes em tratamento”) ou na educação (“com alunos, nos recreios das escolas e em excursões ou visitas de estudo. Neste caso, as pulseiras são substituídas por um aparelho que se pode pendurar ao pescoço”).
Em Maio, é a vez da Optimus ser processada por um cliente, no âmbito de uma história complicada, em que a operadora telefónica forneceu uma lista de dados confidenciais de telefonemas do cliente à Polícia Judiciária, sem esta ter apresentado qualquer mandato judicial mas apenas um pedido de listagem “imprescindível para a investigação do inquérito crime”, segundo revelou o Portugal Diário.
Finalmente, em Agosto, na proposta do novo Código de Trabalho ainda em discussão, o Governo preconiza que as empresas podem exigir informações sobre a vida privada dos trabalhadores e a realização de testes ou exames médicos no caso deles serem relevantes para a actividade a desempenhar. Embora pareça razoável para certas profissões, a formulação da proposta de lei cria uma situação em que “o candidato a empregado deverá colocar em tribunal a sua futura entidade patronal sempre que considerar que a lei foi ultrapassada”, como referia o Público a 23 de Agosto. O que se torna complicado em termos de exames genéticos, algo que as empresas estão impedidas de exigir actualmente.
Qual a importância social destas questões no nosso país? Poucos dias após o 11 de Setembro, metade dos inquiridos numa sondagem da Universidade Católica para o PÚBLICO, Antena 1 e RTP considerava que a “vigilância contra o terrorismo tem de aumentar, mesmo que isso afecte as nossas liberdades individuais”, enquanto apenas 36,4 por cento respondia à questão com o formulado de “desde que isso não afecte as nossas liberdades individuais” (embora estas não fossem especificadas no inquérito).
Já agora, na Global Terrorism Database do National Consortium for the Study of Terrorism and Responses to Terrorism, Portugal não tem qualquer incidente.
Também a propósito e porque isto não tem só a ver com política: Ficheiro de ADN omite doenças: Informações podem ser apetecíveis a patrões e seguradoras do ramo vida: Menos convencido quanto à utilidade desse ficheiro está o ex-director do Instituto de Medicina Legal do Porto, José Pinto da Costa, que considerou não ser fundamental a criação da base de dados, embora admitisse desconhecer a proposta de lei aprovada. "Não me parece que tenha especial utilidade em Portugal, a não ser para casos excepcionais, como serial killers ou abusos sexuais", disse o especialista, esclarecendo que a identificação de cadáveres faz--se sem base de dados genéticos". O Governo prepara-se para apresentar as regras dessa base de dados.
E nada como saber quem fornece e faz a manutenção da base de dados - ou seja, quem ganha com este negócio...
26 maio 2007
Meia Hora em 5 minutos
Após o comentário e o texto, volto a questionar: pode um jornal gratuito ser de referência?
Caro Rui, a questão não é pela publicidade (se é gratuito, é por aí que vai obter os rendimentos). Habituados às rádios e televisões gratuitas, porque o não hão-de ser os jornais ou revistas? Não é essa a questão e nem vou entrar nas contradições ("duvido que seja desta"...) ou na escassez da equipa. Eles podem querer ser de referência mas não é por o anunciar que vão dar notícias de política, internacional e opinião que são de referência.
Um gratuito tem uma lógica simples: chegar ao maior número de pessoas, ser lido em pouco tempo (meia hora...), validar a audiência para os anunciantes pagarem os custos.
Podemos não ter redacções com "qualidade da produção", podemos não ter "um jornal que mereça o título de jornal de referência".
Podemos e não temos. Mas quando não temos financiadores para um jornal pago de referência, ele vai existir pelo lado gratuito? É que não é nada "fácil marcar a diferença pela positiva". E não são os artigos de opinião que fazem de um jornal ser de referência, isso é uma ilusão paralela - são as notícias. Quero dizer: a opinião não é secundária mas eu, pelo menos, leio um jornal pelas notícias. Erro meu?
A questão é - ao contrário do que o Rui diz e eu concordo -, a questão é que a definição de jornal de referência está a ser alterada (para pior, quanto a mim), o que permite vir a ter um diário gratuito de referência. Claro!
Mas um jornal de referência não se lê em meia hora. Um jornal de referência faz-nos pensar e dá informação para pensarmos nos dias seguintes. Recomendo a leitura do artigo de hoje no Expresso por Miguel Sousa Tavares ou do link sobre palermices escritas no britânico The Independent colocado recentemente no Blasfémias.
Se calhar, do que andamos a falar é da morte dos jornais de referência. Que os gratuitos se possam afirmar como de referência, veremos porque, mais uma concordância, "isto tudo é um execício de abstracção dado que não faço ideia daquilo que aí vem na prática".
Uma última resposta sobre se "o New York Times ou o El Pais teriam de fechar as portas se amanhã passassem a gratuitos? Teriam de abdicar do que são como jornais?"
O Rui e eu somos inteligentes para saber que podiam não fechar as portas mas teriam de abdicar de muito do que são como jornais conceituados. A economia do negócio, o custo dos bons recursos humanos, a lógica de um mercado concorrente, falaria mais alto. O Rui sabe melhor disso do que eu.
[act. que já devia ter referido: Um gratuito... de referência?]
Caro Rui, a questão não é pela publicidade (se é gratuito, é por aí que vai obter os rendimentos). Habituados às rádios e televisões gratuitas, porque o não hão-de ser os jornais ou revistas? Não é essa a questão e nem vou entrar nas contradições ("duvido que seja desta"...) ou na escassez da equipa. Eles podem querer ser de referência mas não é por o anunciar que vão dar notícias de política, internacional e opinião que são de referência.
Um gratuito tem uma lógica simples: chegar ao maior número de pessoas, ser lido em pouco tempo (meia hora...), validar a audiência para os anunciantes pagarem os custos.
Podemos não ter redacções com "qualidade da produção", podemos não ter "um jornal que mereça o título de jornal de referência".
Podemos e não temos. Mas quando não temos financiadores para um jornal pago de referência, ele vai existir pelo lado gratuito? É que não é nada "fácil marcar a diferença pela positiva". E não são os artigos de opinião que fazem de um jornal ser de referência, isso é uma ilusão paralela - são as notícias. Quero dizer: a opinião não é secundária mas eu, pelo menos, leio um jornal pelas notícias. Erro meu?
A questão é - ao contrário do que o Rui diz e eu concordo -, a questão é que a definição de jornal de referência está a ser alterada (para pior, quanto a mim), o que permite vir a ter um diário gratuito de referência. Claro!
Mas um jornal de referência não se lê em meia hora. Um jornal de referência faz-nos pensar e dá informação para pensarmos nos dias seguintes. Recomendo a leitura do artigo de hoje no Expresso por Miguel Sousa Tavares ou do link sobre palermices escritas no britânico The Independent colocado recentemente no Blasfémias.
Se calhar, do que andamos a falar é da morte dos jornais de referência. Que os gratuitos se possam afirmar como de referência, veremos porque, mais uma concordância, "isto tudo é um execício de abstracção dado que não faço ideia daquilo que aí vem na prática".
Uma última resposta sobre se "o New York Times ou o El Pais teriam de fechar as portas se amanhã passassem a gratuitos? Teriam de abdicar do que são como jornais?"
O Rui e eu somos inteligentes para saber que podiam não fechar as portas mas teriam de abdicar de muito do que são como jornais conceituados. A economia do negócio, o custo dos bons recursos humanos, a lógica de um mercado concorrente, falaria mais alto. O Rui sabe melhor disso do que eu.
[act. que já devia ter referido: Um gratuito... de referência?]
25 maio 2007
O mundo está perdido
quando até o New York Times quer reduzir o tamanho das suas peças noticiosas e apostar no online sem saber o que fazer:
1) "Part of the future includes a reduction in the size of the paper at the end of the summer." [...] "Our stories are too often too long... The 1200 word stories could be 800 or 900. There are editors at a Page 1 meeting boasting that a story is only 1400 words."
2) "Then it was time for questions. Someone asked how the Times plans to make money off the web. "I heartily believe we will," Keller said. "How, is a lot more complicated." He talked about Wall Street, and doing PowerPoint presentations. "There's a phrase they use in drug and alcohol rehab—'fake it til you make it.' That's basically what we're doing."
1) "Part of the future includes a reduction in the size of the paper at the end of the summer." [...] "Our stories are too often too long... The 1200 word stories could be 800 or 900. There are editors at a Page 1 meeting boasting that a story is only 1400 words."
2) "Then it was time for questions. Someone asked how the Times plans to make money off the web. "I heartily believe we will," Keller said. "How, is a lot more complicated." He talked about Wall Street, and doing PowerPoint presentations. "There's a phrase they use in drug and alcohol rehab—'fake it til you make it.' That's basically what we're doing."
24 maio 2007
Burros? Não! Pérolas, pequenas alterações, a culpa é do maestro, o que se quiser...
Que Nuno Markl defenda os Gatos Fedorentos a propósito disto, eu percebo: estão todos no mesmo negócio (ver autores sócios e associados).
Afinal, os direitos de autor só devem ser aplicados quando lhe toca a ser roubado e Markl até já apresentou razões para não citar aqueles que copiava. Pronto.
Que uma responsável do Sapo critique desta forma no seu blogue pessoal ("DN, Gato Fedorento, critérios editoriais interesseiros") o episódio e só a partir de um blogue que está na sua rede, esquecendo que Produções Fictícias chegam à web 2.0 com uma ajudinha dos amigos e ao seu Sapo, é de mau tom.
Não é por ser no DN (de que sou colaborador), é por estas pérolas de atentado ao direito de autor:
Markl: "Diz-me o RAP que eles disseram publicamente, logo no início, onde é que tinham ido buscar a inspiração musical e até porque é que a canção começa com "un, deux, trois, quatre"..." Chega? Não, porque afinal a canção já é tão antiga que nem tem direitos de autor. Isso, claro, não impediu os Gatos de dizerem onde tinham ido buscar a inspiração.. Por favor!!
DN: ""É impossível não ser assumido, se fosse para copiar fazíamos a coisa minimamente diferente", acrescenta." [...]
"A música, Petite Mèche de Cheveux no original, foi adaptada para o genérico do programa. "Pedimos ao maestro Ramon Galarza para adaptar a música e a Marco de Camillis para fazer uma coreografia, com base no vídeo", afirma Zé Diogo Quintela.
Graças às "pequenas alterações" efectuadas na música, os humoristas "não pagam direitos de autor"."
O problema não é roubar, é ser apanhado?
Afinal, os direitos de autor só devem ser aplicados quando lhe toca a ser roubado e Markl até já apresentou razões para não citar aqueles que copiava. Pronto.
Que uma responsável do Sapo critique desta forma no seu blogue pessoal ("DN, Gato Fedorento, critérios editoriais interesseiros") o episódio e só a partir de um blogue que está na sua rede, esquecendo que Produções Fictícias chegam à web 2.0 com uma ajudinha dos amigos e ao seu Sapo, é de mau tom.
Não é por ser no DN (de que sou colaborador), é por estas pérolas de atentado ao direito de autor:
Markl: "Diz-me o RAP que eles disseram publicamente, logo no início, onde é que tinham ido buscar a inspiração musical e até porque é que a canção começa com "un, deux, trois, quatre"..." Chega? Não, porque afinal a canção já é tão antiga que nem tem direitos de autor. Isso, claro, não impediu os Gatos de dizerem onde tinham ido buscar a inspiração.. Por favor!!
DN: ""É impossível não ser assumido, se fosse para copiar fazíamos a coisa minimamente diferente", acrescenta." [...]
"A música, Petite Mèche de Cheveux no original, foi adaptada para o genérico do programa. "Pedimos ao maestro Ramon Galarza para adaptar a música e a Marco de Camillis para fazer uma coreografia, com base no vídeo", afirma Zé Diogo Quintela.
Graças às "pequenas alterações" efectuadas na música, os humoristas "não pagam direitos de autor"."
O problema não é roubar, é ser apanhado?
Eu não sei o que ele disse ou o que não disse
Aliás, ninguém sabe (repare-se no pormenor de Cavaco falar num congresso de Medicina Interna...) excepto o contador e o ouvinte.
Mas o Causa Nossa pergunta com toda a razão: "Será que os media vão dar à versão oficial da DREN sobre o caso do processo disciplinar contra um funcionário seu o mesmo relevo que deram à versão do interessado?"
Eu concordo porque afinal não foi uma anedota mas tão só um insulto, insulto tão mais grave de que foi dado conhecimento ao Ministério Público. Ora isto não se faz sem alguma base sólida.
Quanto aos media, deviam começar pelo ponto 1) "A directora regional de Educação do Norte decidiu [...] instaurar um processo a um professor que proferiu um insulto ao PM nas instalações da DREN".
E acabar pelo ponto 5) "o insulto em causa não tem absolutamente nada a ver com anedotas ou a licenciatura do" PM.
Em resumo, há uma única coisa que falta saber: qual foi o insulto? [act.: foi este "Epá! se precisares de me enviar o teu doutoramento manda-me por fax porque se não for por fax não tem validade"?]
[act1.: Morder o isco]
Mas o Causa Nossa pergunta com toda a razão: "Será que os media vão dar à versão oficial da DREN sobre o caso do processo disciplinar contra um funcionário seu o mesmo relevo que deram à versão do interessado?"
Eu concordo porque afinal não foi uma anedota mas tão só um insulto, insulto tão mais grave de que foi dado conhecimento ao Ministério Público. Ora isto não se faz sem alguma base sólida.
Quanto aos media, deviam começar pelo ponto 1) "A directora regional de Educação do Norte decidiu [...] instaurar um processo a um professor que proferiu um insulto ao PM nas instalações da DREN".
E acabar pelo ponto 5) "o insulto em causa não tem absolutamente nada a ver com anedotas ou a licenciatura do" PM.
Em resumo, há uma única coisa que falta saber: qual foi o insulto? [act.: foi este "Epá! se precisares de me enviar o teu doutoramento manda-me por fax porque se não for por fax não tem validade"?]
[act1.: Morder o isco]
É impressão minha ou...
...as eleições para Lisboa - ganhe quem ganhar - vão acabar por meter fora o único crítico da autarquia, José Sá Fernandes?
Confirma-se: eles só sabem do papel!!
A World Association of Newspapers disponibilizou ontem aos associados o relatório "World Digital Media Trends". Sabe-se agora que o documento tem um vírus informático...
Discrepâncias ou andam muitos a mentir
Kroll Releases Pre-employment Screening "Hit Ratios": Kroll, a leading risk management corporation, has released their annual Hit Ratio Report and Industry Analysis. The report provides some startling statistics from 2006 regarding pre-employment screening:
9.1% Applicants had criminal record hits
21.6% Applicants had discrepancies in education verifications
49.4% Applicants had discrepancies in past employment verifications
Each ratio has increased significantly from 2005. Kroll’s complete report provides the ratios for the 8 most common pre-employment criteria and also breaks down hit ratios for 16 different industries. View report:
Discrepancies regarding what applicants reported to potential employers regarding their past employment increased from 36.5% in 2005 to 49.4% in 2006; and discrepancies in education verifications increased from 14.1% in 2005 to 21.5% in 2006.
9.1% Applicants had criminal record hits
21.6% Applicants had discrepancies in education verifications
49.4% Applicants had discrepancies in past employment verifications
Each ratio has increased significantly from 2005. Kroll’s complete report provides the ratios for the 8 most common pre-employment criteria and also breaks down hit ratios for 16 different industries. View report:
Discrepancies regarding what applicants reported to potential employers regarding their past employment increased from 36.5% in 2005 to 49.4% in 2006; and discrepancies in education verifications increased from 14.1% in 2005 to 21.5% in 2006.
23 maio 2007
Web semântica
What is the Analogue for the Semantic Web? If the Web is like a Page+Links, the SW is like a...: For the moment, i'm imagining this context-rich interaction as the Semantic Web, and the way i'm thinking of it is as a researcher's Note Book (we are all knowledge workers at some point) of work in progress. A notebook. With the Memex.
The reason that vision of note book + memex appeals to me particularly is that it foregrounds an active engagement with the data - both reading it, writing it, potentially sharing it for reuse. And i think that kind of in-process engagement with information - to have in work data and external data blending for the development of new knowledge is what the Semantic Web is about.
Pergunta um leitor (quanto a mim com toda a razão):
será que contra estes factos há argumentos?
Famílias não poupam e empresas devem mais: Os portugueses deixaram de poupar e as empresas nacionais estão cada vez mais endividadas. Em média cada português amealhou 260 euros durante o ano passado, o que contrasta com os cerca de 490 euros poupados per capita em 2005. São os efeitos da perda de poder de compra, das amortizações e aumentos dos juro dos empréstimos bancários destinados à habitação e consumo. [...]
O que aconteceu em 2006 para as poupanças das famílias portuguesas caírem para metade em apenas um ano? Os economistas fornecem várias pistas. O desemprego está a aumentar e os salários públicos e privados estão a ser comidos pela inflação. Números recentes da Comissão Europeia - previsões da Primavera - indicavam que o poder de compra dos portugueses caiu 0,5% em 2006.
A subida das taxas de juro, em curso desde finais de 2005, está a sobrecarregar os orçamentos domésticos. Entre o primeiro e o último mês do ano passado, a factura com os juros mensais do crédito à habitação aumentou mais de 20,5%. Os custos com os empréstimos ao consumo - incluindo cartões de crédito - também subiram, diminuindo a capacidade do pé-de-meia dos portugueses. [...]
Os empresários e gestores em Portugal nunca acumularam tantas dívidas como em 2006.
Famílias não poupam e empresas devem mais: Os portugueses deixaram de poupar e as empresas nacionais estão cada vez mais endividadas. Em média cada português amealhou 260 euros durante o ano passado, o que contrasta com os cerca de 490 euros poupados per capita em 2005. São os efeitos da perda de poder de compra, das amortizações e aumentos dos juro dos empréstimos bancários destinados à habitação e consumo. [...]
O que aconteceu em 2006 para as poupanças das famílias portuguesas caírem para metade em apenas um ano? Os economistas fornecem várias pistas. O desemprego está a aumentar e os salários públicos e privados estão a ser comidos pela inflação. Números recentes da Comissão Europeia - previsões da Primavera - indicavam que o poder de compra dos portugueses caiu 0,5% em 2006.
A subida das taxas de juro, em curso desde finais de 2005, está a sobrecarregar os orçamentos domésticos. Entre o primeiro e o último mês do ano passado, a factura com os juros mensais do crédito à habitação aumentou mais de 20,5%. Os custos com os empréstimos ao consumo - incluindo cartões de crédito - também subiram, diminuindo a capacidade do pé-de-meia dos portugueses. [...]
Os empresários e gestores em Portugal nunca acumularam tantas dívidas como em 2006.
22 maio 2007
Começa bem! De bata...
Cidadãos por Lisboa: Debata por Lisboa/Vote por Lisboa
A lista será entregue por Helena Roseta, a primeira candidata da lista Cidadãos por Lisboa, que será acompanhada no acto pelo mandatário da lista, o professor Galopim de Carvalho, um dos mais populares cientistas portugueses e um cidadão exemplar de Lisboa, e pelo mandatário financeiro, José Pedro Salema, economista.
(Notas: não voto em Lisboa e o negrito é meu)
A lista será entregue por Helena Roseta, a primeira candidata da lista Cidadãos por Lisboa, que será acompanhada no acto pelo mandatário da lista, o professor Galopim de Carvalho, um dos mais populares cientistas portugueses e um cidadão exemplar de Lisboa, e pelo mandatário financeiro, José Pedro Salema, economista.
(Notas: não voto em Lisboa e o negrito é meu)
21 maio 2007
Indigente?
Oh meus caros, desculpem estar em desacordo mas acho o novo site da Lusa bem melhor do que o anterior.
Se a questão são os 1,5 milhões de euros gastos no backoffice (e não apenas no site), é outra questão. Alguém perguntou o que custou isto? Pagaram o quê? Os vários anos desde que o sistema foi adquirido ou só a solução final?
Quanto à formação, qual dos meios noticiosos em Portugal que mudaram de plataformas tecnológicas conseguiram uma aderência dos utilizadores à primeira a essas ferramentas? Tirando quem viajou pelo mundo para as comprar, houve sempre problemas.
Uma outra nota sobre a escolha da plataforma e que a M&P não descreve em profundidade é dada pela ATC (vale o que vale porque é "press release"):
Key factors for LUSA to select NEWS ASSET Agency Edition from ATC stated as follows:
1. System proved and robust
2. Integration of the several modules/areas, including multimedia management
3. System simplicity and completeness
4. Reasonable duration of the implementation
5. Capacity of ATC to successfully implement, in time and functionalities planned
6. Knowledge of ATC about the media business
7. Natural evolution of the product, adapting to the market future development
8. Level of satisfaction of Athens News Agency with solution and supplier, both business and technical teams
9. Reasonable Total Cost of Ownership Some of the system modules that will be implemented in the new solution include: Text and Photo Production System, Archiving System, Agenda Database, Clients and Services Management, Centralized System Administration, Statistics reports on LUSA business processes and a dynamic Portal. The NEWS ASSET Agency Edition was also selected by Athens News Agency as part of its total system solution to face the challenge of the 2004 Olympic Games.
Deixando de lado tudo isto, eu gosto mais deste site do que do anterior.
Se a questão são os 1,5 milhões de euros gastos no backoffice (e não apenas no site), é outra questão. Alguém perguntou o que custou isto? Pagaram o quê? Os vários anos desde que o sistema foi adquirido ou só a solução final?
Quanto à formação, qual dos meios noticiosos em Portugal que mudaram de plataformas tecnológicas conseguiram uma aderência dos utilizadores à primeira a essas ferramentas? Tirando quem viajou pelo mundo para as comprar, houve sempre problemas.
Uma outra nota sobre a escolha da plataforma e que a M&P não descreve em profundidade é dada pela ATC (vale o que vale porque é "press release"):
Key factors for LUSA to select NEWS ASSET Agency Edition from ATC stated as follows:
1. System proved and robust
2. Integration of the several modules/areas, including multimedia management
3. System simplicity and completeness
4. Reasonable duration of the implementation
5. Capacity of ATC to successfully implement, in time and functionalities planned
6. Knowledge of ATC about the media business
7. Natural evolution of the product, adapting to the market future development
8. Level of satisfaction of Athens News Agency with solution and supplier, both business and technical teams
9. Reasonable Total Cost of Ownership Some of the system modules that will be implemented in the new solution include: Text and Photo Production System, Archiving System, Agenda Database, Clients and Services Management, Centralized System Administration, Statistics reports on LUSA business processes and a dynamic Portal. The NEWS ASSET Agency Edition was also selected by Athens News Agency as part of its total system solution to face the challenge of the 2004 Olympic Games.
Deixando de lado tudo isto, eu gosto mais deste site do que do anterior.
19 maio 2007
18 maio 2007
Isto é um blobby?
Desde 22 de Novembro de 2003, o que aconteceu aos membros do Causa Nossa?
Ana Gomes: eurodeputada desde Julho de 2004, foi de 1999 a 2003, em Jacarta, Chefe da Secção de Interesses e depois Embaixadora de Portugal, exercendo a presidência portuguesa da UE em 2000.
Jorge Wemans - director da RTP2, era director de comunicação da Fundação Gulbenkian
Luís Filipe Borges - apresentador, era actor e autor
Luís Nazaré - actual presidente do Conselho de Administração dos CTT, era professor e membro do conselho consultivo da Portugal Telecom
Luís Osório - actual director de informação do RCP, era ?
Maria Manuel Leitão Marques - secretária de Estado da Modernização Administrativa, era professora
Vicente Jorge Silva - comentador na Antena 2, era deputado
Vital Moreira - um tipo porreiro, era professor, entre outros cargos.
O que queriam ser?
Este blogue colectivo não é uma iniciativa de grupo organizado mas sim de um conjunto de pessoas individualmente identificadas, marcado pela independência e diversidade individuais. Seria, aliás, difícil imaginar um grupo mais heterogéneo, quanto ao percurso de vida, formação académica e profissão, itinerário político (ou ausência dele). Reivindicamos por isso uma irredutível liberdade crítica. [...]
Queremos ser uma referência na esfera bloguística.
Conseguiram ser algo mais. E é óbvio que são (e eram) muito mais do que retirei dos currículos. Aliás, este exercício podia ser feito para outros blogues mas só me lembrei deste pela nova nomeação. Palermices, pois claro.
As mentiras dos gráficos
Ora aqui temos uma interessante mentira gráfica: Gráficos nos Relatório e Contas: Impresa. Não é única, claro.
Coisas que me fazem confusão
Para o lançamento do coleccionável que não é brinde, naquele que será o "grande lançamento do ano", o Sol investiu um valor "superior a um milhão de euros", esperando obter lucros entre "os 250 e os 500 mil euros", explica o responsável [José António Saraiva], director do título.
Se investe mais de um milhão de euros e o máximo que espera obter são 500 mil, onde é que está o lucro?
Se é o maior lançamento do ano, o ano termina agora em Maio?
Se investe mais de um milhão de euros e o máximo que espera obter são 500 mil, onde é que está o lucro?
Se é o maior lançamento do ano, o ano termina agora em Maio?
2071
The climate map of Europe 2071: This "map" shows the equivalent climate cities can expect in the future: for example, London of 2071 most closely matches the climate of the west coast of Portugal today.
17 maio 2007
E vai mais uma:
Jornalista recorre contra José Sócrates
O tribunal dá como provado que as afirmações de Sócrates "são atentatórias da honra e consideração" do jornalista e afectam a sua "credibilidade junto da opinião pública", além de terem tido repercussões sobre a sua carreira profissional. Dá-se ainda como provado que, ao longo de seis anos de desempenho de cargos governamentais, José Sócrates sempre foi visado como um político "sério, honesto e dedicado à causa pública e nunca ninguém o denegriu, como fez o autor".
A sentença esteve a cargo de um juiz diferente do que acompanhou as audiências. Apesar de a decisão dizer que as notícias publicadas "foram todas devidamente documentadas", sustenta que o jornalista resvalou para "conclusões pessoais, com comentários que objectivamente atingiam o réu" numa reacção que escreveu no dia 21, quando foi publicada a carta de Sócrates. Por isso, o tribunal considera ilegítimo que o jornalista venha pedir uma compensação pelas palavras de Sócrates, "quando retorquiu de imediato, em resposta publicada na mesma edição, em termos que não podem deixar de se considerar igualmente ofensivos da honra do réu".
José António Cerejo tem um entendimento diferente e vai recorrer da sentença. "A decisão do juiz faz tábua rasa da esmagadora maioria dos factos dados como provados em tribunal e que confirmam os danos de natureza profissional que me foram causados pelo réu", alega o jornalista.
[act.: Conselho Deontológico contesta decisão do Supremo Tribunal: O Conselho Deontológico (CD) do Sindicato dos Jornalistas considera inaceitável a tese do Supremo Tribunal de Justiça de que é irrelevante que os factos reportados por jornalistas sejam verdadeiros ou falsos, desde que sejam susceptíveis de afectar a reputação de alguém. ]
O tribunal dá como provado que as afirmações de Sócrates "são atentatórias da honra e consideração" do jornalista e afectam a sua "credibilidade junto da opinião pública", além de terem tido repercussões sobre a sua carreira profissional. Dá-se ainda como provado que, ao longo de seis anos de desempenho de cargos governamentais, José Sócrates sempre foi visado como um político "sério, honesto e dedicado à causa pública e nunca ninguém o denegriu, como fez o autor".
A sentença esteve a cargo de um juiz diferente do que acompanhou as audiências. Apesar de a decisão dizer que as notícias publicadas "foram todas devidamente documentadas", sustenta que o jornalista resvalou para "conclusões pessoais, com comentários que objectivamente atingiam o réu" numa reacção que escreveu no dia 21, quando foi publicada a carta de Sócrates. Por isso, o tribunal considera ilegítimo que o jornalista venha pedir uma compensação pelas palavras de Sócrates, "quando retorquiu de imediato, em resposta publicada na mesma edição, em termos que não podem deixar de se considerar igualmente ofensivos da honra do réu".
José António Cerejo tem um entendimento diferente e vai recorrer da sentença. "A decisão do juiz faz tábua rasa da esmagadora maioria dos factos dados como provados em tribunal e que confirmam os danos de natureza profissional que me foram causados pelo réu", alega o jornalista.
[act.: Conselho Deontológico contesta decisão do Supremo Tribunal: O Conselho Deontológico (CD) do Sindicato dos Jornalistas considera inaceitável a tese do Supremo Tribunal de Justiça de que é irrelevante que os factos reportados por jornalistas sejam verdadeiros ou falsos, desde que sejam susceptíveis de afectar a reputação de alguém. ]
"Follow the data"
OpenSourceScience is a public space for managing controversial scientific experiments in a way that provides open access to of all phases of the research. We provide a centralized resource for scientific collaboration, and help underwrite scientifically rigorous experiments that contribute to an improved understanding of human consciousness.
The essence of the open source model is the rapid creation of innovative results within an inclusive and collaborative environment. At OpenSourceScience, we bring together the skeptical community, controversial science researchers, and interested laypeople to help design and facilitate high-quality scientific experiments. Our community encompasses multiple points of view joined together by a commitment to "follow the data". This spirit of cooperation promises to improve the long-term viability of our results.
The essence of the open source model is the rapid creation of innovative results within an inclusive and collaborative environment. At OpenSourceScience, we bring together the skeptical community, controversial science researchers, and interested laypeople to help design and facilitate high-quality scientific experiments. Our community encompasses multiple points of view joined together by a commitment to "follow the data". This spirit of cooperation promises to improve the long-term viability of our results.
Corrupção no Jornalismo Brasileiro
"Jornalismo de denúncia, especulação, dossiês ilustram a evidente deterioração da profissão. Como se pode perceber o jornalismo brasileiro não está imune a toda cultura e tradição corrupta do país. A atividade jornalística se descaracteriza quando não atende ao interesse público. No jornalismo ideal, as coisas poderiam ser diferentes, mas para mudar seria necessário alterar atitudes e a consciência em cada órgão de comunicação, aprofundando questionamentos sobre o tipo de jornalismo que é feito há séculos".
A bolha 2.0 está a começar
AOL to expand in 14 global markets
Worlds in collusion: Web and TV merge: The long-predicted convergence of the Internet and the broadcast world is finally accelerating as video-sharing Web sites are nurturing a snacklike world of shorts that cannot be found on traditional television networks that serve up 30-minute meals.
Worlds in collusion: Web and TV merge: The long-predicted convergence of the Internet and the broadcast world is finally accelerating as video-sharing Web sites are nurturing a snacklike world of shorts that cannot be found on traditional television networks that serve up 30-minute meals.
Algumas são muito boas
16 Awesome Data Visualization Tools (e atenção aos outros três projectos dos Digg Labs e ao Kartoo em português)
16 maio 2007
Para que conste:
reuniões a meio - mas mesmo a meio - caminho entre Lisboa e Porto, devem realizar-se em Grou ou na Ervedeira.
Sobre o tráfico organizado, media e rumores
A racket in Portugal: the spread of the urban myth: Down there in the aching panic of Portugal, there are many things they do not need. Investigation into the disappearance of Madeleine McCann is not helped by psychics, prurience, false sightings or – at least as distracting from useful effort – by the intrusion of urban myth. And yet, over the past ten days, we have watched it flourish with unedifying ease.
No geral, concordo: Dói ver ou ler as notícias sobre a criança inglesa desaparecida.
No geral, concordo: Dói ver ou ler as notícias sobre a criança inglesa desaparecida.
Pois...
Bloggers are crap, declares Blooker Prize judge: The Blooker Prize for books which began life as online ramblings has been won by My War: Killing Time in Iraq, by Colby Buzzell. [...]
"In journalism as in publishing," he wrote in the Guardian before the Blooker was even announced, "fine writers and commentators have broken through from the blogs to the mainstream...But, dear God, there are too few of them, far too few: tiny islands of talent in a roaring, foam-flecked sea."
It could be argued, of course, that the mainstream media's low opinion of Web 2.0 content in general is the result of two factors. First, paid writers/camerafolk/artists etc are terrified of having their livelihoods undercut by hordes of hobbyist creatives who work for nothing. Second, whenever a blogger, Lulu self-publisher, DIY YouTube auteur, etc shows any talent, he or she immediate gets snorked up by hungry content providers and becomes part of the establishment - like Buzzell.
"In journalism as in publishing," he wrote in the Guardian before the Blooker was even announced, "fine writers and commentators have broken through from the blogs to the mainstream...But, dear God, there are too few of them, far too few: tiny islands of talent in a roaring, foam-flecked sea."
It could be argued, of course, that the mainstream media's low opinion of Web 2.0 content in general is the result of two factors. First, paid writers/camerafolk/artists etc are terrified of having their livelihoods undercut by hordes of hobbyist creatives who work for nothing. Second, whenever a blogger, Lulu self-publisher, DIY YouTube auteur, etc shows any talent, he or she immediate gets snorked up by hungry content providers and becomes part of the establishment - like Buzzell.
15 maio 2007
O jornalismo está mesmo perigoso...
... e não é só no Iraque
'DEVIL'ISH PLOT TO MURDER WINTOUR: Fire fiend Peter Braunstein planned to murder Vogue editrix Anna Wintour - deriding the fashion icon as an egotistical "skank" who never returned his phone calls.
"So I'll tell you why I'm going to kill Anna Wintour - because I just feel like it," Braunstein ranted in a "Personal manifesto" he wrote before his Oct. 31, 2005, attack on a Fairchild Publications co-worker.
PS: a ironia e o cinismo no título são enormes, não me venham com comentários inflamados!
'DEVIL'ISH PLOT TO MURDER WINTOUR: Fire fiend Peter Braunstein planned to murder Vogue editrix Anna Wintour - deriding the fashion icon as an egotistical "skank" who never returned his phone calls.
"So I'll tell you why I'm going to kill Anna Wintour - because I just feel like it," Braunstein ranted in a "Personal manifesto" he wrote before his Oct. 31, 2005, attack on a Fairchild Publications co-worker.
PS: a ironia e o cinismo no título são enormes, não me venham com comentários inflamados!
E mainada!
Antes de ser eleito, um estudante brasileiro disse-lhe que deveria aprender português para quando fizesse a primeira visita oficial ao Brasil. Ele respondeu: "Ah, no Brasil falam português?" No seu discurso de despedida, ouvi-o chamar aos EUA os "nossos mais velhos aliados", como se não houvesse Tratado de Westminster assinado entre Inglaterra e Portugal em 1373. Para nós, Tony Blair sai como entrou: superficial. (Rui Tavares, in Público)
14 maio 2007
ERC, RTP e críticas
Sobre regulação e (algumas) críticas (resposta a O ministro TV Guia (II))
A ERC e o noticiário político da RTP
Pluralismo a metro
O pluralismo
Estrela Serrano esclarece posição da ERC
Uma nota curiosa: Estrela Serrano responde a três blogues; Azeredo Lopes responde num jornal económico.
A ERC e o noticiário político da RTP
Pluralismo a metro
O pluralismo
Estrela Serrano esclarece posição da ERC
Uma nota curiosa: Estrela Serrano responde a três blogues; Azeredo Lopes responde num jornal económico.
Será que se podem fumar em espaços fechados?
Chinese "e-cigarette" helps you stub out the habit: A Chinese company marketing the world's first "electronic" cigarette hopes to double sales this year as it expands overseas and as some of China's legions of smokers try to quit.
Golden Dragon Group Ltd's Ruyan cigarettes are battery-powered, cigarette-shaped devices that deliver nicotine to inhalers in a bid to emulate actual smoking.
11 maio 2007
10 maio 2007
Nisto somos razoáveis
Europe’s Dirty 30: A new ranking of Europe’s worst climate-polluting power stations reveals the least efficient power stations in Europe with the biggest emissions of carbon dioxide.
1. Agios Dimitrios - Greece [...]
13. Sines - Portugal
1. Agios Dimitrios - Greece [...]
13. Sines - Portugal
Esta é gira
PC World Brings Editor Back, Removes CEO
Editor in Chief Harry McCracken Returns to PCW: Had resigned in dispute with CEO Colin Crawford over editorial independence. Crawford to return to prior IDG post.
Editor in Chief Harry McCracken Returns to PCW: Had resigned in dispute with CEO Colin Crawford over editorial independence. Crawford to return to prior IDG post.
Veracidade ou contraditório?
Mais uma decisão em que a veracidade dos factos não conta para (quase) nada: a ERC deliberou sem se preocupar com a "veracidade dos factos publicados, mas tão só da legitimidade da sua divulgação".
É um escândalo? Não.
Ninguém se preocupa? Sim.
O presidente da ERC, Azeredo Lopes, absteve-se por esta razão: "se no texto da Deliberação se afirma que “não operam considerações de veracidade dos factos publicados, mas tão só da legitimidade da sua divulgação” (ponto 8), mal se vê como não fica afectada de forma irremediável a própria credibilidade dos factos que são, para este efeito, a “notícia” – atentas, desde logo, as manifestas violações de deveres jornalísticos e deontológicos destacáveis numa análise, mesmo superficial, dos elementos disponíveis para decisão". E continua.
Vale a pena ler a deliberação. Esta é curiosa noutro sentido: as revistas de socialite têm de exercer o contraditório sobre pena de queixas para a ERC, como aconteceu com M. M. Carrilho... Claro que podem sempre recorrer ao estafado: "tentámos contactar o visado mas não obtivemos resposta em tempo útil" :)
É um escândalo? Não.
Ninguém se preocupa? Sim.
O presidente da ERC, Azeredo Lopes, absteve-se por esta razão: "se no texto da Deliberação se afirma que “não operam considerações de veracidade dos factos publicados, mas tão só da legitimidade da sua divulgação” (ponto 8), mal se vê como não fica afectada de forma irremediável a própria credibilidade dos factos que são, para este efeito, a “notícia” – atentas, desde logo, as manifestas violações de deveres jornalísticos e deontológicos destacáveis numa análise, mesmo superficial, dos elementos disponíveis para decisão". E continua.
Vale a pena ler a deliberação. Esta é curiosa noutro sentido: as revistas de socialite têm de exercer o contraditório sobre pena de queixas para a ERC, como aconteceu com M. M. Carrilho... Claro que podem sempre recorrer ao estafado: "tentámos contactar o visado mas não obtivemos resposta em tempo útil" :)
Corporate Org Chart Wiki
Da Forbes: It's a new way to tap the collective knowledge of our community about the internal network of any company--so new that we are introducing it not only in beta form but in early beta.
Save My Ass: Do My Stuff...
Efeitos Virginia Tech
Disturbing Blog Leads to Student's Arrest: A 22-year-old student at Muhlenberg College in Allentown has been arrested for fear that his writings signaled the potential for violence.
Zachariah Brown's most recent entry triggered the action, when the 22 year old senior wrote about six options for his life.
Five were different forms of suicide and the other was to "murder a certain professor and spend the rest of my life in jail."
Vermont Student Accused Of Making Blog Threat: A student from Vermont was removed from a college in Pennsylvania after officials said they read threatening entries in his online blog.
Officials said Zach Brown, 22, from Danville, made statements in his blog that he was going to "murder a certain professor and spend the rest of my life in jail."
Officials said another student reported the blog entries.
Zachariah Brown's most recent entry triggered the action, when the 22 year old senior wrote about six options for his life.
Five were different forms of suicide and the other was to "murder a certain professor and spend the rest of my life in jail."
Vermont Student Accused Of Making Blog Threat: A student from Vermont was removed from a college in Pennsylvania after officials said they read threatening entries in his online blog.
Officials said Zach Brown, 22, from Danville, made statements in his blog that he was going to "murder a certain professor and spend the rest of my life in jail."
Officials said another student reported the blog entries.
09 maio 2007
A ver
Quem não viu (durante sete semanas chegou a uma média de 788 mil telespectadores) ainda pode ver: "Portugal, Retrato Social"
08 maio 2007
Uma sociedade a esfumar-se
Let them light up!
I never thought I’d be defending smoking. [...]
But I still think the failure of the buildings committee of the Chicago City Council to pass Ald. Burton F. Natarus’ amendment exempting artistic performances from Chicago’s wholly laudable ban on indoor, public smoking to be a dangerous and serious mistake.
Why? Actions that are part of works of art must be dealt with differently from everyday human conduct. Otherwise, the free-speech provisions in the Bill of Rights could not function.
On the stage, thank God, it’s perfectly legal to brandish a weapon, expose your sexual organs, incite a riot, utter racist epithets in a crowded room, smack an officer of the law. [...]
We need to see plays with smoking as they were intended to be seen by their creators. With smoking. Freedom of expression requires it. It’s as simple as that.
Limpeza. Contei há dias o episódio: há uns meses, pediram-me que fornecesse uma fotografia de Fernando Pessoa. Uma das atribuições da Casa Fernando Pessoa também é essa. Forneci, vaidoso, com um cartão de cumprimentos. Veio devolvida, com a anotação de que a fotografia (belíssima) apresenta Fernando Pessoa a fumar; e que o ideal seria limpar o cigarro da fotografia. Estaline fazia isso com frequência. Hitler proibira o tabaco há muito. Tal como Edgar J. Hoover. Eu não vou limpar o cigarro da foto de Pessoa, como fizeram às de Malraux ou Camus.
I never thought I’d be defending smoking. [...]
But I still think the failure of the buildings committee of the Chicago City Council to pass Ald. Burton F. Natarus’ amendment exempting artistic performances from Chicago’s wholly laudable ban on indoor, public smoking to be a dangerous and serious mistake.
Why? Actions that are part of works of art must be dealt with differently from everyday human conduct. Otherwise, the free-speech provisions in the Bill of Rights could not function.
On the stage, thank God, it’s perfectly legal to brandish a weapon, expose your sexual organs, incite a riot, utter racist epithets in a crowded room, smack an officer of the law. [...]
We need to see plays with smoking as they were intended to be seen by their creators. With smoking. Freedom of expression requires it. It’s as simple as that.
Limpeza. Contei há dias o episódio: há uns meses, pediram-me que fornecesse uma fotografia de Fernando Pessoa. Uma das atribuições da Casa Fernando Pessoa também é essa. Forneci, vaidoso, com um cartão de cumprimentos. Veio devolvida, com a anotação de que a fotografia (belíssima) apresenta Fernando Pessoa a fumar; e que o ideal seria limpar o cigarro da fotografia. Estaline fazia isso com frequência. Hitler proibira o tabaco há muito. Tal como Edgar J. Hoover. Eu não vou limpar o cigarro da foto de Pessoa, como fizeram às de Malraux ou Camus.
Blogger vs. Twitter
Growth of Twitter vs. Blogger
[act.: Twitter's not growing so fast after all: There's truth in the essence of what you're talking about here -- Twitter updates *are* coming in faster and furiouser than Blogger updates. However, the way we number Twitter updates has switched back and forth a few times which pretty much screws up the exactness of your analysis.]
Uma nova religião?
Earth's Greatest Lawsuit: Become a plaintiff in the greatest mass filing of lawsuits the earth has ever witnessed.
Play your part. Register here so that we can prepare and file a lawsuit just for you against the religion, church, affiliated organization, religious leader, or televangelist of your choice.
Change our world. Bring peace on earth. End religious conflicts and terrorism. Join us as we take away the one thing that is truly the lifeblood of earth's organized religions.
Their money supply. (via)
07 maio 2007
Matemática nos filmes
Mathematics in Movies: This is a collection of movie clips in which Mathematics appears.
Claro que o problema não foi apenas do bigode
Hitler was ordered to trim his moustache: His moustache is the most instantly recognisable - and sinister - in history.
Yet, according to new research into Adolf Hitler's early life, the distinctive, toothbrush shape that adorned his scowling face was not his first preference.
A previously unpublished essay by a writer who served alongside Hitler in the First World War trenches reveals that the future Führer was only obeying orders when he shaped his moustache into its tightly-clipped style. He was instructed to do so in order that it would fit under the respirator masks, introduced in response to British mustard gas attacks.
Had that order never been issued, the tyrant who brought most of Europe to its knees would be remembered as a man with a large Prussian moustache.
A nu
RECORD-BREAKING NUDE PHOTO SHOOT: More than 18,000 people stripped and posed for a mass photo shoot on Sunday in Mexico City's vast main square. American photographer Spencer Tunick has made a name for himself photographing thousands of naked people around the world, but the Mexican shoot was his biggest yet.
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